Facebook: ex-funcionária faz novas denúncias e pode testemunhar
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Tecmundo
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Uma nova ex-funcionária do Facebook afirmou que está disposta a testemunhar no Congresso dos Estados Unidos para detalhar más práticas da plataforma.
A analista de dados Sophie Zhang, que trabalhou por dois anos e meio na empresa de Mark Zuckerberg, contou em entrevista à CNN que também repassou documentos para investigações de uma "agência de aplicação da lei", sem detalhar qual órgão é esse.
Em abril deste ano, Zhang já havia expressado o seu descontentamento em relação aos riscos da rede social ao The Guardian, mas só agora ela confirmou que se encontra na mesma situação de Frances Haugen, a ex-executiva que virou a principal delatora da atual crise da companhia.
"Sangue nas mãos"
De acordo com a analista, o Facebook não emprega esforços suficientes para combater abusos fora dos Estados Unidos — o que reforça uma das acusações anteriores. Ela mesma trabalhou em equipes que lidavam diretamente com períodos eleitorais e diz ter visto na prática esse tipo de comportamento.
Em uma carta interna escrita após a demissão, em setembro de 2020, Zhang afirmou que o Facebook foi lento para agir ou ignorou denúncias de contas falsas, discurso de ódio e desinformação ao redor do mundo. Zhang foi demitida no ano passado por "problemas de desempenho", mas alega que só teve coragem de voltar a se expor após as denúncias de Haugen.
Ela ainda afirma que sente "ter sangue nas mãos" por trabalhar na empresa e detalhou até mesmo ações durante o período eleitoral de 2018 no Brasil, quando auxiliou na remoção de perfis e mensagens falsas "de políticos de alto gabarito" envolvidos no pleito.
E agora?
Por enquanto, nenhum órgão regulador dos EUA confirmou que está em posse dos documentos entregues por Zhang. Também não há detalhes sobre quais seriam as informações repassadas pela analista sobre a rede social. O Congresso ainda não se manifestou sobre uma possível convocação da ex-funcionária.
Em nota enviada à CNN, o Facebook reforçou que "combate abusos no estrangeiro com a mesma intensidade aplicada nos Estados Unidos", restringindo cerca de 150 redes de manipulação desde 2017 em 50 países.
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