Sem trégua: por que os preços dos alimentos não param de subir?
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Anamaria
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O início do ano trouxe alívio em algumas frentes, mas os preços dos alimentos continuam pesando no orçamento das famílias. De acordo com o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou janeiro com alta de 0,16%, acumulando 4,56% em 12 meses. Apesar de ser a menor variação para um mês de janeiro desde o Plano Real, setores como transportes e alimentação ainda pressionam o bolso dos consumidores.
O impacto do preço da carne no orçamento familiar
A carne, item básico na mesa dos brasileiros, subiu 0,36% em janeiro e acumula alta de 21,17% em 12 meses. Segundo André Braz, coordenador de Índices de Preços da FGV, dois fatores explicam essa escalada: a desvalorização do real, que incentivou as exportações, e o ciclo pecuário. Com o abate de fêmeas em 2023, a oferta de carne aumentou temporariamente, mas a redução do rebanho deve manter os preços da carne elevados até 2025.
Café: um dos vilões da inflação
O café moído acumula alta de 50,35% em 12 meses, e a tendência é que continue caro. Problemas climáticos, como secas e chuvas intensas, afetaram a safra em 2023, comprometendo a florada e reduzindo a oferta. Como 2025 é um ano de ciclo fraco para o café, os preços devem seguir pressionados, impactando ainda mais o IPCA e o bolso dos consumidores.
Laranja: escassez e preços recordes
A laranja também entrou na lista dos alimentos mais caros, com a variedade lima acumulando alta de 59,56% em 12 meses. O clima seco e as temperaturas elevadas nas regiões produtoras reduziram a produtividade, e a safra 2024/25 deve ser 27,4% menor que a anterior.
Com o Brasil sendo um grande exportador, a alta demanda internacional pode agravar a escassez no mercado interno, mantendo os preços dos alimentos em patamares elevados.
Óleo de soja: uma luz no fim do túnel
Enquanto alguns itens seguem em alta, o óleo de soja traz boas notícias. Com uma safra recorde projetada para 2024, o produto já registrou queda de 0,87% em janeiro. A tendência é que os preços se estabilizem, oferecendo algum alívio para os consumidores.
Azeite: influência internacional e câmbio desfavorável
O azeite, item comum em lares de renda mais alta, acumula alta de 17,24% em 12 meses. Apesar de uma safra melhor na Espanha, maior produtor mundial, a desvalorização do real dificulta a queda dos preços no Brasil. Como importamos 99% do azeite consumido, o cenário deve permanecer desafiador.
O que esperar para os preços dos alimentos em 2025?
A inflação pode ter desacelerado, mas setores como alimentação e transportes continuam pressionando o IPCA. Com o preço da carne, café e outros itens essenciais em alta, o planejamento financeiro se torna ainda mais importante.
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