A banheira do capitão: Um dos mais curiosos registros do Titanic
Aventuras Na História
Os destroços do Titanic são objeto de fascínio desde que eles foram descobertos no fundo do Oceano Atlântico em setembro de 1985, a nada menos que 3,6 mil metros abaixo da superfície.
As ruínas do naufrágio, que ocorreu em 1912, incluíam ainda muitos objetos e estruturas do início do século 20, funcionando como uma cápsula do tempo embaixo d'água. Além de seu valor histórico, os restos do RMS Titanic chamam atenção do público devido à sua história trágica, que incluiu a perda de mais de 1.500 vidas, e pela ironia triste de ser um transatlântico descrito como "inafundável" por seus criadores, mas que naufragou em sua viagem inaugural.
De 1985 para cá, mais de 5,5 mil artefatos já foram içados das profundezas do Atlântico para a terra firme a fim de serem exibidos em exposições a respeito do navio, porém infelizmente não conseguimos recuperar tudo, não importa quantas expedições sejam realizadas.
Um dos itens mais famosos do naufrágio a permanecer submerso até os dias atuais é a icônica banheira particular de Edward John Smith, o capitão do Titanic — que fazia sua última viagem antes da aposentadoria quando afundou junto com a embarcação.
Relíquia histórica
A banheira do capitão Smith ficava em seus aposentos privados, era feita de porcelana e possuía encanamento tanto para água doce quanto para água salgada. Já suas duas torneiras são marcadas com as palavras "quente" e "frio" para que a temperatura do banho seja ajustada.
Um detalhe importante a respeito do objeto, contudo, é que ele está sendo afetado pela deterioração das ruínas do transatlântico, que são gradualmente corroídas pela água salgada.
Uma expedição aos destroços realizada em 2021 pela OceanGate, por exemplo, mostrou que o teto do banheiro da cabine havia desabado, com os detritos tendo coberto a banheira, de forma que ela não está mais visível como antes.
A empresa de veículos aquáticos, vale mencionar, ficou mais conhecida recentemente devido ao seu submarino que passou por uma trágica implosão enquanto levava cinco passageiros — incluindo um dos maiores especialistas no naufrágio, Paul-Henri Nargeolet, chamado por vezes de "Mister Titanic" — em uma expedição até o local onde descansam os restos do navio.
Em 2021, quando foi revelada a nova foto do estado da banheira do capitão Smith, o CEO da OceanGate chegou a fazer um comentário a respeito, conforme repercutiu o The Independent na época:
Houve algum boato de que a banheira havia se desfeito e está bem claro que ela ainda está lá (...) Só está cheia de detritos", comentou Stockton Rush.
O empresário é um dos outros tripulantes que estava a bordo do submarino no momento do acidente fatal.