A história por trás de endereços com nomes bizarros em São Paulo
Aventuras Na História
A cidade de São Paulo não apenas chama atenção pelo desenvolvimento e pela maior concentração populacional em um único município do país, mas reúne diversas culturas do Brasil e do mundo ao receber imigrantes. Contudo, a diferença de cultura pode chocar quando alguém de fora dá de cara com um endereço pouco usual.
Conforme reunido pela revista Veja São Paulo em 2012, uma série de logradouros espalhados entre os bairros da megalópole possuem homenagens e referências que, fora do contexto em que foram designados, podem ser curiosos para quem observa. Confira a história por trás de endereços com nomes bizarros em São Paulo:
1. Vila do Chaves?
Em 1978, o então prefeito de São Paulo, Olavo Setubal, aprovou um decreto com dez páginas dando nome a ruas que, antes, eram chamadas apenas por números, em diversos bairros da cidade. Em Jd. São Gabriel, na zona leste do município, a rua 4 virou Chaveslândia, na época em que ainda compunha o 26º Subdistrito, na Vila Prudente.
Chamando atenção pelo nome singular, que remete o seriado mexicano que estreou 6 anos antes, o decreto homenageava diversos povos históricos do país, sendo Chaveslândia um povoado de Minas Gerais. Além disso, a rua fazia cruzamento com outro curioso nome de povoado: Fidelândia.
2. Só no Chá
Outra homenagem para lá de descontextualizada fica no bairro do Butantã; por lá, existe a Praça Chá da Alegria, que pode ser erroneamente ligada a algum tipo de chá alucinógeno. Contudo, Chá da Alegria é o nome de uma cidade no Estado de Pernambuco, onde, por lá, se fala “Chã” e tem pouco pais de 13 mil habitantes, como estimou o IBGE em 2015.
3. Bad trip
Na zona sul da megalópole, especificamente no bairro do Jabaquara, uma mudança drástica chama atenção de populares pela combinação pouco usual. Anteriormente chamada de Rua Marcelo Vieira Barbosa, o lougradouro foi rebatizado para homenagear a composição "Pour Martina para Piano”, do músico curitibano Henrique Morozowicz (1934-2008). O trecho escolhido, no entanto, passa desperta curiosidade quando observado fora de contexto: o local acabou se tornando a Rua Borboletas Psicodélicas.
4. Profundo (e cômico)
Ao referenciar um dos maiores escritores da literatura infanto-juvenil do Brasil, um endereço na zona sul da cidade decidiu usar um nome de um dos seus contos mais populares. Porém, a mistura de informações sobre o local e a região podem despertar boas gargalhadas; a Rua Viagem ao Céu é inspirada na obra de Monteiro Lobato, mesmo que muito relembre uma referência ao pós-vida. Ironicamente, ela fica no bairro da Saúde.
5. Triste ou feliz?
Na comunidade do Conjunto Promorar Raposo Tavares, na zona oeste da capital, uma travessa curta, com menos de 100 metros de comprimento, guarda em sua história um nome de contrasta em dois únicos substantivos; o logradouro foi batizado como Travessa Maravilha Tristeza. Ao contrário de alguma homenagem melancólica, Maravilha Tristeza é o nome popular de uma balsaminácea, espécie de malmequer.