A mulher que matou o marido por vingança pelo assassinato de seu amante
Aventuras Na História
Kelly Cochran é uma norte-americana moradora do estado de Michigan que, em 2016, foi considerada culpada por ajudar a esconder o cadáver de seu amante, assassinado em 2014, e pelo homicídio de seu marido, morto naquele mesmo ano, o que lhe rendeu uma sentença de prisão perpétua.
Quando Jason Cochran, o parceiro dela, foi encontrado morto, já havia uma longa investigação a respeito do súbito desaparecimento de Chris Regan, que àquele ponto não era visto há dois anos.
Conforme informações divulgadas pela revista People, a princípio as autoridades acreditavam que Jason teria falecido devido a uma overdose de heroína, mas uma autópsia revelou que, apesar das grandes quantidades da droga em seu organismo, a verdadeira causa de morte do homem teria sido asfixia.
Foi após ser confrontada com essa informação que Kelly teria supostamente confessado não apenas a autoria do assassinato de seu marido — na qual a injeção da heroína tendo sido planejada para disfarçar seu envolvimento — mas também sua conexão com o desaparecimento de Regan.
A primeira vítima
Então aos 53 anos, Christopher Regan teve seu sumiço notificado à polícia de Michigan após faltar ao trabalho por vários dias sem explicação em outubro de 2014. Conforme seria posteriormente concluído por uma investigação criminal, ele estava tendo um caso com Kelly Cochran. Em uma de suas idas à casa dela, no entanto, foi morto a tiros pelo parceiro da mulher.
Se trataria de um crime premeditado: o homem havia descoberto sobre a traição, e pedido para que sua esposa atraísse o amante para a residência deles por uma última vez a fim de que os disparos fatais ocorressem, segundo informações divulgadas por uma matéria do All That Is Interesting.
O casal teria então unido forças para desmembrar seu cadáver e o enterrar em uma floresta nas proximidades. A localização dos restos mortais, vale mencionar, foi revelada pela norte-americana às autoridades durante seu julgamento de 2016.
Um detalhe perturbador a respeito do homicídio é que teria conexão com um pacto proposto por Jason à sua parceira durante a lua de mel: caso um dos dois tivessem relações extraconjugais no futuro, a pessoa sendo traída precisaria assassinar o amante em questão.
Em tribunal, contudo, Kelly disse que ela inicialmente não achou que o homem realmente pretendia cumprir o macabro acordo:
Isso foi declarado por meu marido em nossa noite de núpcias. Eu levei isso a sério? Não. (...) Tudo no começo era normal, o que a maioria das pessoas achava normal. Ao ouvir isso, pensei que era uma piada. Eu não levei a sério", afirmou ela, de acordo com o TV6, um veículo local de Michigan.
Vingança
Assim, embora tenha ajudado a ocultar o corpo de Regan, a estadunidense não estaria de acordo com o homicídio cometido pelo seu parceiro. Em vez de denunciá-lo à polícia, no entanto, ela decidiu "resolver" a situação por conta própria.
Foi por esse motivo que, no início de 2016, teria injetado Jason com uma dose alta de heroína e depois coberto sua boca e nariz para sufocá-lo até a morte.
Em seu julgamento, Kelly Cochran explicou sua motivação para o assassinato dizendo que seu amante era "a única coisa boa" em sua vida. "Eu ainda o odeio [Jason], e sim, foi vingança. Eu igualei o placar", concluiu ela na ocasião.