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A Sociedade da Neve: Em 2005, montanhista fez descobertas no local do acidente
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A Sociedade da Neve: Em 2005, montanhista fez descobertas no local do acidente

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Aventuras Na História
26/01/2024 17h00
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©Foto por Wunabbis pelo Wikimedia Commons
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No dia 13 de outubro de 1972, a atenção de grande parte da América do Sul se voltaria para um acontecimento que, posteriormente, se mostraria não só uma das maiores tragédias aéreas do continente, como também uma das mais brutais histórias de sobrevivência do século 20: a Tragédia dos Andes.

No caso, o Voo Força Aérea Uruguaia 571, com 45 pessoas a bordo — um time de rugby do Uruguai, bem como alguns parentes e amigos, que viajavam em direção ao Chile para um campeonato — caiu em uma região que ficaria conhecida como Vale das Lágrimas, a uma altitude de mais de 3 mil metros.

No entanto, não bastaria a mera queda do avião, a história ainda possui desdobramentos ainda mais chocantes. Pouco depois da queda, as buscas foram encerradas e os sobreviventes foram praticamente considerados mortos. Por isso, aquelas pessoas ainda enfrentariam situações ainda mais graves, como o frio e a fome; esta última sendo superada com o ato extremo de alimentarem-se dos corpos daqueles que morriam.

Esse acontecimento histórico do século 20 foi inspiração para um filme recente que, desde seu lançamento, no final de 2023, chama atenção: 'A Sociedade da Neve'. Dirigido pelo espanhol Juan Antonio Bayona, o longe é agora um dos concorrentes ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, e vem sendo grandemente aclamado pela crítica.

Com a queda de um avião em um dos lugares mais inóspitos do planeta, alguns vestígios da aeronave e bens dos passageiros seguem espalhados pelos Andes. Em 2005, por exemplo, um montanhista mexicano realizou descobertas no local. Confira!

Segundo o site Alpine Expeditions, em 12 de fevereiro de 2005, o montanhista mexicano e residente dos Estados Unidos, Ricardo Peña, explorou pela primeira vez o local que foi palco da Tragédia dos Andes, e fez um achado impressionante: encontrou em uma ravina, até então inexplorada, o casaco e uma carteira com documentos de Eduardo Strauch, um dos sobreviventes do episódio.

+ A Sociedade da Neve: Veja o que aconteceu com sobreviventes da tragédia

O casaco

Eduardo, segue a fonte, havia deixado seu casaco no compartimento superior do avião minutos antes do acidente. Então, depois que a aeronave atingiu o solo, sua cauda se rompeu e a cabine foi abruptamente despressurizada, o que fez assentos, passageiros, e o casaco saírem voando pela abertura da fuselagem, na parte de trás. 

Sem saber o que fazer com aqueles objetos, Peña resolveu trazer a carteira e os documentos de Eduardo, e deixou o casaco no mesmo local que permaneceu por décadas, com algumas pedras por cima. Depois, Eduardo pediu que o montanhista lhe trouxesse o casaco se possível, ao que ele prometeu que retornaria ao local e removeria a peça de roupa.

Ricardo Peña voltou ao local em 2006, no entanto, tudo estava recoberto por toneladas de neve, e o casaco estava inacessível. Em 2007, as condições eram as mesmas. Foi só em 2008, após uma primavera muito seca e um verão quente, que o casaco foi redescoberto, eretornou ao seu antigo dono, 36 anos depois.

Ricardo Peña e Eduardo Strauch / Crédito: Reprodução/Instagram/@ricardo_pena_araujo

Outras expedições

Em dezembro de 2005, Peña conseguiu uma bolsa da National Geographic que lhe permitiu liderar a primeira expedição bem-sucedida a retraçar a rota de fuga feita por Fernando Parrado e Roberto Canessa, sobreviventes que conseguiram socorro para o resgate de todos os 16 homens, que revelou mais alguns destroços do avião.

+ A Sociedade da Neve: Por que os sobreviventes contavam com tantos cigarros?

Porém, esta não seria a única expedição que ele faria até o local, tendo ocorrido outras posteriormente, inclusive no ano seguinte. Em fevereiro de 2006, Peña visitou o local com o próprio Eduardo Strauch, mais uma vez patrocinado pela National Geographic, e juntos encontraram a cauda do avião, além de mais algumas peças.

Com as descobertas, Ricardo Peña deixou de ser um mero admirador da história de sobrevivência dos Andes de 1972, para fazer amizade com vários dos sobreviventes. Hoje, inclusive, ministra palestras ao lado de Eduardo, com quem segue fazendo viagens por montanhas de várias regiões — sem mencionar que também conheceu Roberto Canessa e Fernando Parrado.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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