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"A Sociedade da Neve": veja 5 coisas que aconteceram após o resgate
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"A Sociedade da Neve": veja 5 coisas que aconteceram após o resgate

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Aventuras Na História
22/01/2024 23h13
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16007226/original/open-uri20240122-56-yk0339?1705965318
©Divulgação/Netflix
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Em 13 outubro de 1972, a América do Sul presenciou uma das maiores tragédias aéreas da História. Naquele dia, a aeronave que levava a equipe de rugby uruguaia 'Old Christians Club', do Uruguai até Chile, colidiu com uma montanha na Cordilheira dos Andes. Além dos esportistas, o avião também contava com amigos e familiares.

Após a tragédia, muitos sobreviveram, entretanto, encontraram um cenário que parecia impossível: frio, fome e o medo do resgate nunca acontecer. Foi após mais de 70 dias, que dois dos sobreviventes, Roberto Canessa e Nando Parrado, decidiram buscar ajuda. No final, apenas 16 pessoas foram resgatadas. 

De tão surpreendente, a história inspirou o filme 'A Sociedade da Neve', do diretor Juan Antonio Bayona e adaptado da obra de mesmo nome do jornalista Pablo Vierci. Para o longa, o diretor precisou adaptar mais de 70 dias de agonia em um filme de duas horas.

Como resultado, muito do que aconteceu com os sobreviventes após o resgate ficou de fora do projeto. Abaixo, separamos alguns dos principais fatos. Confira!

1. Coletiva 

Como retrata o filme e relatos reais dos sobreviventes, eles precisaram se alimentar do corpo das vítimas do acidente para que não morressem de fome. Quando vazou a informação de que os restos mortais das pessoas foram usados como alimentos, os rapazes foram alvo de ataques. Até mesmo foi invetado que eles teriam matado colegas ou familiares para comer os corpos. 

Diante dos ataques ocasionados pela divulgação de uma foto que mostrou restos humanos na Cordilheira dos Andes, os sobreviventes fizeram uma entrevista coletiva, pouco tempo após o resgate, em 28 de dezembro de 1972. Após o sensacionalismo em torno da história, eles contaram ao mundo que tiveram que recorrer ao canibalismo.

"(...) Apesar desses gestos, muitos jornalistas se ativeram à questão da nossa dieta de uma maneira insensível e aproveitadora. Alguns jornais publicaram manchetes sinistras com fotos de primeira página macabras, tiradas depois que a Equipe de Resgate Andina já havia nos salvado, mostrando pilhas de ossos humanos perto da fuselagem e partes de corpos humanos espalhadas na neve", explica Nando Parrado no livro 'Milagre nos Andes'. "Na esteira dessa cobertura sensacionalista, começaram a surgir boatos, incluindo uma teoria de que a avalanche nunca acontecera e que, na verdade, tínhamos matado as pessoas que morreram naquele desastre para comê-las".


2. Vala comum

No final de "A Sociedade da Neve", o público vê o momento do resgate e também que os sobreviventes são enviados ao hospital. No entanto, um fato que ficou de fora do filme é o que aconteceu com os restos mortais das vítimas do acidente. Conforme repercutido pelo Screen Rant, uma equipe se dirigiu até o local da tragédia e enterrou os restos. 

Para isso, os profissionais escolheram uma vala que não estivesse em um local fácil de ser atingido por avalanches no futuro. Infelizmente, por questões de segurança e desgaste, familiares não foram autorizados a presenciar o enterro.


3. Desespero de um pai

Um desdobramento de cortar o coração, que ficou de fora do longa, é o ato desespero de Ricardo Echavarren, pai de um dos homens que faleceram no acidente.

Ele, que não queria que os restos mortais do filho fossem deixados em uma vala comum, contou com a ajuda de outras pessoas para remover os restos do filho do local, explica a obra "Modern Mummies: The Preservation of the Human Body in the Twentieth Century", de Christine Quigley.

No entanto, o ato era ilegal e o fez ser acusado de roubo de túmulo. Apenas depois foi legalmente autorizado a realizar um funeral para o filho.


4. Homenagem

O obelisco dedicado as vítimas do acidente - Wunabbis

 

O filme disponível na Netflix também deixou de fora o fato de um obelisco ter sido inserido no local do acidente, após uma iniciativa de familiares de vítimas do acidente. No obelisco preto, é possível conferir os nomes de todas as vítimas.


5. Museu

Outro fato interessante sobre a história dos sobreviventes, é que existe um museu em Montevidéu, no Uruguai, que preserva a memória das vítimas. Foi em 2012 que se iniciaram exposições que visavam homenagear as 45 pessoas que vivenciaram a tragédia. Depois, o local se tornou, oficialmente, um museu dedicado ao episódio histórico. Lá, é possível encontrar um vasto arquivo sobre o 'Milagre nos Andes' e também vestimenta dos sobreviventes.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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