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Abandono de alpinista na segunda montanha mais alta do mundo causa revolta
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Abandono de alpinista na segunda montanha mais alta do mundo causa revolta

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Aventuras Na História
12/08/2023 11h05
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15708997/original/open-uri20230812-18-1nrlwrg?1691838539
©Reprodução / Redes Sociais / X / @northerner_the
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Muhammad Hassan, um alpinista de 27 anos, perdeu a vida em 27 de julho após um acidente grave durante a escalada da montanha K2, a segunda mais alta do planeta, situada na fronteira entre Paquistão e China. Entretanto, uma revolta se ergueu após a divulgação de um vídeo chocante, onde seus próprios colegas de expedição o ultrapassaram e continuaram a árdua subida até o topo, enquanto ele estava ferido.

Contratado como carregador da equipe, Hassan estava a somente 400 metros da cúpula quando uma avalanche surpresa o empurrou ao abismo. Apesar dos esforços de um companheiro para resgatá-lo, a equipe tomou a polêmica decisão de prosseguir. Nesse ponto, a falta de oxigênio agravava o cenário já desolador, exigindo que todos usassem máscaras de oxigênio.

As imagens ganharam as redes sociais e o mundo alpinista se uniu em protesto. Montanhistas profissionais e amadores, junto a grupos de escalada, expressaram indignação pela aparente negligência. O alpinista Wilhelm Steindl, que também estava na expedição, mas retornara ao acampamento devido à periculosidade das condições, declarou estar "enojado com a inércia" dos colegas.

A escalada foi uma competição feroz rumo ao cume. Entretanto, o que se desenrolou ali é escandaloso. Um indivíduo foi abandonado para que recordes fossem quebrados. Apenas três ou quatro pessoas poderiam tê-lo salvo. Se eu testemunhasse tal cena, teria subido para auxiliá-lo”, disse Steindl ao jornal holandês De Telegraaf.

O outro lado

A alpinista norueguesa Kristin Harila, também parte da expedição, defendeu seus companheiros em seu site, alegando que esforços foram feitos para resgatar Hassan. Ela detalhou tentativas de içá-lo do ponto onde ocorreu o acidente, mas admitiu a inviabilidade diante das adversidades. No entanto, ela observou que um dos colegas permaneceu ao lado de Hassan por quase duas horas e meia, compartilhando oxigênio e buscando mantê-lo consciente.

“Gabriel ficou conversando com ele, tentando mantê-lo acordado na esperança de que pudesse ser resgatado. Ele forneceu a própria máscara de oxigênio para Hassan. Mas, naquelas condições adversas, não foi possível sequer resgatar o corpo após a sua morte”, publicou ela, que lamentou a morte do alpinista, ainda que tenha ressaltado que os equipamentos utilizados por ele não estavam adequados “para enfrentar um cume de 8 mil metros”.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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