Ainda mais letal: víbora-da-morte com três presas surpreende cientistas

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Uma descoberta surpreendente no Parque Australiano de Répteis deixou os especialistas intrigados: uma cobra-da-morte (Acanthophis antarcticus) com três presas em vez de duas. A espécie, conhecida por sua alta toxicidade e ataques rápidos, agora apresenta uma mutação inédita que a torna ainda mais letal.
A cobra-da-morte, nativa da Austrália e da Nova Guiné, já é considerada uma das cobras mais venenosas do mundo, com cerca de 60% das mordidas em humanos resultando em morte sem o antídoto. A descoberta da terceira presa, no entanto, eleva o nível de preocupação, já que a cobra mutante produz o dobro de veneno em comparação com seus pares.
A terceira presa foi descoberta durante o processo de "ordenha" do veneno, quando as glândulas venenosas são pressionadas para extrair o líquido para a produção de antídotos. O exemplar se tornou uma peça fundamental no programa de extração de veneno do parque, devido à sua alta produção de toxinas.
Como?
Os cientistas ainda não sabem ao certo o que causou a mutação. Uma das hipóteses é que a presa extra aumente o rendimento do veneno injetado, enquanto outra possibilidade é que a característica seja uma peculiaridade do animal, sem relação direta com sua anatomia.
"Isso é algo que nunca vimos antes", disse Billy Collett, gerente do parque, ao site Live Science. "Temos essa víbora da morte no programa de veneno há cerca de sete anos, mas só recentemente notamos a terceira presa. Achei que ela simplesmente cairia com o tempo, mas um ano depois, ela ainda está lá".
A teoria mais aceita é que a terceira presa seja resultado do crescimento de um dente substituto que não se movimentou corretamente, permanecendo ao lado das presas principais. No entanto, os cientistas ressaltam que não há registros de outras víboras-da-morte com essa mutação, o que torna o caso ainda mais raro e intrigante.
A cobra-da-morte é conhecida por sua velocidade e precisão no ataque, injetando veneno em menos de 0,15 segundos. O veneno neurotóxico causa paralisia e pode levar à morte, tornando a produção de antídotos essencial para salvar vidas.


