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'Anjo Mau': Novela censurada durante ditadura estreia no Globoplay
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'Anjo Mau': Novela censurada durante ditadura estreia no Globoplay

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Aventuras Na História
24/10/2022 23h13
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15262744/original/open-uri20221024-18-3mruxk?1666653632
©Reprodução / Vídeo / redeglobo
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O sucesso 'Anjo Mal', exibido originalmente em 1976 e estrelado por Susana Vieira e José Wilker, foi censurada durante a Ditadura Militar, o que resultou na morte da protagonista. A trama será reprisada no Globoplay, com estreia para a segunda-feira, 24.

A novela — primeira obra feita por Cassiano Gabus Mendes — conta a história da babá Nice, que tenta conquistar o filho mais velho da família Medeiros, Rodrigo, interpretado por José Wilker. Dirigida por Régis Cardoso e Fabio Sabag, a trama foi censurada durante a ditadura.

Nice era filha adotiva de uma família pobre e desejava ascender socialmente través de seu trabalho. Ela, uma mulher ambiciosa, trabalhava como babá na casa dos Medeiros, família de classe alta, da qual seu pai adotivo é motorista.

A personagem teve sua morte decretada pela censura, que assinou a sentença de sua morte, anulando a vitória do mal contra o bem.

Anjo Mau

Na primeira versão da novela, a morte de Nice foi clímax de toda a trama, rendendo a TV Globo, altíssimos pontos de audiência. Em 1997, a Globo fez um remake da novela, dessa vez escrita por Maria Adelaide Amaral. No elenco Glória Pires e Kadu Moliterno.

Nessa nova versão, Nice não morreu e pôde ter um final feliz ao lado de Rodrigo. Em entrevista, Susana revelou que sua personagem precisou morrer para que uma empregada não se casasse com seu patrão.

"Eu só senti o impacto de 'Anjo Mau' no último dia. Foi um silêncio no Brasil na hora que eu morri, era um silêncio! O silêncio na cidade durante um capítulo. Isso não acontece toda hora! Nenhuma buzina tocava, e eu morrendo. Sabe por que eu morri? Por causa da tradicional família mineira, que mandava na moral desse país e achava que uma empregada não podia casar com um patrão – só por isso eu morri. Vinte anos depois, quando a Gloria Pires fez o meu papel, ela não morreu: ela ficou felicíssima com o patrão. Mas, de qualquer maneira, eu senti o silêncio na hora que eu estava vendo o capítulo, era um silêncio mortal no Brasil todo", disse Susana em uma entrevista de 2001.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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