Após comentário sobre assassinatos no Afeganistão, príncipe Harry é criticado pelo Talibã
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O Talibã, grupo que se encontra no poder no Afeganistão, criticou o príncipe Harry, filho do rei britânico Charles III, por algumas declarações presentes em seu novo livro intitulado "Spare". Na obra, o príncipe fala acerca de temas polêmicos de sua intimidade, tais como o uso de drogas e os problemas com o irmão, William.
Mas o que vem chamando atenção dos líderes afegãos é a passagem em que o neto da rainha Elizabeth II menciona o período em que atuou como piloto de helicóptero militar no Afeganistão. O príncipe conta que, na época, matou 25 pessoas, mas que as encarou como meras "peças de xadrez removidas do tabuleiro".
"Não foi uma estatística que me encheu de orgulho, mas também não me deixou envergonhado", escreveu Harry em sua obra, segundo informações da agência de notícias Reuters.
"Quando me vi mergulhado no calor e na confusão do combate, não pensei naqueles 25 como pessoas. Eram peças de xadrez removidas do tabuleiro, pessoas más eliminadas antes que pudessem matar pessoas boas", revelou o britânico.
O que disse o Talibã
De acordo com a fonte, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Afeganistão, Abdul Qahar Balkhi, criticou os comentários do príncipe e declarou:
"A ocupação ocidental do Afeganistão é realmente um momento odioso na história da humanidade e os comentários do príncipe Harry são um microcosmo do trauma vivido pelos afegãos nas mãos das forças de ocupação, que assassinaram inocentes sem qualquer responsabilidade".