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Arqueólogos encontram porto pré-hispânico sob avenida na Cidade do México
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Arqueólogos encontram porto pré-hispânico sob avenida na Cidade do México

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Aventuras Na História
29/11/2024 16h21
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16409112/original/open-uri20241129-17-104w6qr?1732903399
©Divulgação/INAH
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Arqueólogos encontraram, debaixo de uma avenida na Cidade do México, um porto que dataria do período anterior à colonização espanhola. A escavação revelou a presença de uma doca e de um canal localizado onde um rio desaguava no Lago Texcoco, que foi drenado após a chegada dos colonizadores.

As paredes do canal são revestidas com estacas, enquanto o cais apresenta 40 estacas transversais de madeira de abeto, com alturas entre 40 e 137 centímetros. Esse material é conhecido por sua resistência à água e ao apodrecimento.

De acordo com o portal Galileu, o porto estava originalmente situado na costa de uma península que já revelou vestígios de um assentamento pré-hispânico e uma estrutura do período pós-clássico tardio (1200 d.C. a 1521 d.C.). Após a colonização, o riacho foi transformado em canal navegável, depois oleoduto, e, no século 18, passou a integrar o Aqueduto de Chapultepec, conhecido como Grande Aqueduto, com 904 arcos.

Mapa de Uppsala

O canal é mencionado no Mapa de Uppsala, um documento datado por volta de 1550 e preservado na Universidade de Uppsala, na Suécia.

Pesquisadores confirmaram que a largura máxima do curso d'água é de 1,80 metro, o que permitia a passagem de pequenas embarcações. “Um espaço estreito, mas suficiente”, afirmou María de Lourdes López Camacho, pesquisadora do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH).

A área escavada mede 2,5 metros de largura por 4 metros de comprimento, limitada por estruturas modernas, como tubulações do metrô e sistemas de drenagem. Segundo Liliana Márquez, chefe da escavação, o trabalho ocorre paralelamente à construção de um túnel na avenida onde o porto foi encontrado.

Entre os achados, foram identificados restos botânicos comuns em sedimentos lacustres, como sementes, madeira, raízes e gastrópodes. A análise revelou que a dieta dos habitantes do assentamento incluía abóbora, tomate e quelites — partes comestíveis de ervas mexicanas.

Além disso, os arqueólogos recuperaram peças de cerâmica, como queimadores de incenso e vasos decorados com símbolos solares, e artefatos como uma macuquina (primeira moeda martelada na Nova Espanha), louça de barro esmaltada e bacias com selos de hospitais e ordens religiosas.

+ Confira aqui o comunicado completo da descoberta.

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