As misteriosas múmias sul-americanas com marcas de assassinatos cruéis
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Um grupo de pesquisadores ligados ao Departamento de Patologia da Clínica Bogenhausen de Munique contribuíram com a conclusão sobre a causa da morte de uma série de múmias descobertas por equipes arqueológicas em expedições sul-americanas, usando modernos equipamentos de tomografia computadorizada para determinar seus momentos finais.
Através da análise, foi possível concluir que três múmias pré-colombiadas foram assassinadas, reconhecendo diversas evidências de agressões, com e sem objetos cortantes; Arica é a mais maltratada, com golpes de faca nas costas e sinais de pauladas "com força total" na cabeça, como classifica os pesquisadores em comunicado no Eurekalert.
Arequipa também teve um "trauma maciço" relacionado a um choque, mas este na coluna cervical, que é atribuído como a causa da morte: "O deslocamento significativo dos dois corpos vertebrais cervicais é letal e pode ter levado à morte imediata”.
Por fim, a terceira e única múmia feminina não faleceu pelos machucados, mas acumulava lesões espalhada pelo esqueleto. No entanto, a equipe acrescenta que podem ter ocorrido após sua morte, como no enterro, conforme registrou a revista Galileu.
Pesquisadores explicam
O estudo, publicado na última sexta-feira, 9, na revista científica Frontiers in Medicine, teve acesso a múmias conservadas em museu desde o século 19, além de serem datadas de aproximadamente mil anos a.C., jogando luz a novas descobertas com os equipamentos tecnológicos.
“Conseguimos mostrar trauma letal em duas das três múmias sul-americanas que investigamos com tomografia computadorizada 3D. Os tipos de trauma que encontramos não seriam detectáveis se esses restos humanos fossem meros esqueletos”, apontou Andreas Nerlich, professor do Departamento de Patologia da Clínica Bogenhausen de Munique, na Alemanha.
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