TIM News utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para personalizar a sua experiência e publicidade e recomendar conteúdo, de acordo com a nossa Privacidade . Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
Aceitar
Home
Notícias
Brancos separatistas africânderes querem apoio de Trump à independência
Notícias

Brancos separatistas africânderes querem apoio de Trump à independência

publisherLogo
Aventuras Na História
08/04/2025 15h33
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/16502611/original/open-uri20250408-18-k1aaus?1744126557
©Getty Images
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Há cerca de três décadas, surgiu na África do Sul um enclave separatista com o surgimento de Orânia, a única cidade do país em que todos os seus habitantes são brancos. Agora, seus residentes — que se identificam como africânderes, e não sul-africanos — desejam o reconhecimento e apoio do governo dos EUA para que possam se tornar um Estado independente.

Na última semana, líderes da comunidade de Orânia fizeram uma visita aos Estados Unidos, onde buscaram reconhecimento do governo de Donald Trump como uma entidade autônoma. Atualmente, autoridades sul-africanas reconhecem Orânia como uma cidade com direito de arrecadar impostos e fornecer serviços localmente, mas ainda parte da África do Sul.

"Queríamos obter reconhecimento, com o foco americano na África do Sul neste momento", afirmou à Reuters o líder do Movimento Orânia, Joost Strydom. Os líderes se encontraram com influenciadores e políticos republicanos de baixo escalão em Nova York, e conforme conta Strydom, "dissemos a eles que a África do Sul é um país tão diverso que não é uma boa ideia tentar administrá-lo de forma centralizada".

Entrevistados pela Reuters, três funcionários de alto escalão de Orânia disseram que não pediam doações do governo americano, mas sim investimentos para construir mais casas, de forma a acompanhar o crescimento populacional, além de infraestrutura e fortalecer a independência energética.

No entanto, Strydom não disse à Reuters se sua delegação teve, de fato, contato com o governo Trump. O Departamento de Estado dos EUA, por sua vez, também não respondeu a um pedido de comentário.

No entanto, autoridades sul-africanas pontuam que esses pedidos dos africânderes podem inflamar tensões raciais, e o partido esquerdista Economic Freedom Fighters acusou os líderes de Orânia de "destruir a unidade" do país.

Letreiro na entrada de Orânia / Crédito: Getty Images

Orânia

Conforme repercute a Folha de S. Paulo, os africânderes são um grupo étnico da África do Sul que descende diretamente de colonos holandeses, que chegaram ao país ainda no século 17. Eles chegaram a resistir ao Império Britânico, mas quando assumiram o controle do país, acabaram endurecendo fortemente a segregação racial, através de leis discriminatórias.

Então, em 1991, com a iminência do fim do apartheid, — e a eventual eleição de Nelson Mandela — um grupo com apenas cerca de 300 africânderes adquiriu Orânia, outrora um projeto hídrico abandonado nas proximidades do rio Orange, onde criaram um lar exclusivo para os demais descendentes de holandeses brancos.

Hoje, as atividades de Orânia são financiadas basicamente por impostos locais, além de doações de apoiadores e moradores. Enquanto isso, ainda buscam sua independência do restante da África do Sul, e expandir ainda mais seu território.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também