BTK: Serial killer é principal suspeito de dois assassinatos não resolvidos
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Condenado a 10 penas de prisão perpétua, Dennis Rader, atualmente com 78 anos, só se qualificará para a liberdade condicional em 2180. Apesar de sua situação, sua filha, Kerri Rawson, clama para que a polícia continue investigando os crimes de BTK.
+ O que aconteceu com o assassino BTK?
Raderassassinou 10 pessoas em Wichita e Park City, no Kansas, entre 1974 e 1991. O criminosos que se autodenomina como BTK ("bind, torture, kill"; ou "Amarrar-Torturar-Matar" em tradução livre), ficou conhecido por enviar cartas à polícia e aos jornais descrevendo seus crimes.
BTK só foi preso em 25 de fevereiro de 2005, sendo sentenciado em agosto do mesmo ano — recebendo uma pena de prisão perpétua por cada vítima. Importante ressaltar que o Kansas, naquela época, não adotava pena de morte, por isso BTK pagará sua pena até o resto da vida.
Mas as autoridades ainda acreditam que ele possa ter cometido outros crimes que envolvem dois casos que estão abertos. As buscas, nesta, reacenderam o passado criminal de Dennis Rader. Entenda!
Em busca de respostas
Nos últimos dias, relata o The Guardian, as autoridades do Kansas realizaram uma escavação em um terreno perto de onde Rader morou. As buscas procuravam possíveis evidências que ligassem o serial killer a dois assassinatos ainda não resolvidos — que ocorreram há décadas.
BTK é o principal suspeito em ambos os casos: em 1976, Cynthia Kinney, de 16 anos, desapareceu em Oklahoma; já Shawna Garber, de 22, foi morta no Missouri em 1990.
Líder de torcida na comunidade de Pawhuska, no condado de Osage (Oklahoma), que fica a cerca de 145 quilômetros ao sul de Wichita, Kinney foi vista pela última vez em uma lavanderia. Garber, por sua vez, foi encontrada morta cerca de dois meses depois de ser estuprada — embora seus restos mortais tenham sido identificados apenas em 2021. Ainda assim, constatou-se que ela tinha marcas de amarras e estrangulamento.
O caso de Cynthia Kinney foi reaberto em dezembro do ano passado por Eddie Virden, xerife de Osage. À KAKW, estação de notícias do Kansas, ele explicou os motivos de suspeita de BTK.
O primeiro deles é que um banco do outro lado da rua da lavanderia, onde Kinney foi vista pela última vez, estava instalando novos alarmes na época. A empresa responsável seria a mesma onde Rader trabalhou, apesar do xerife não ter afirmado que o serial killer foi responsável pelo processo.
Mas o que chamou a atenção é que alguns escritos de Rader possuíam a frase "dia ruim para lavar roupa". Além disso, anteriormente, Virden conduziu uma entrevista com BTK na prisão, quando o assassino alegou ter "fantasiado sobre o sequestro de uma garota de uma lavanderia".
Os indícios colocaram os investigadores de Osage em contato com seus homólogos em outras jurisdições, como o escritório do condado de McDonald, no Missouri, por meio do xerife Rob Evenson — que delegou seus agentes a descobrir quem amarrou e matou Garber.
Em entrevista à TV KSNF do Missouri, Evenson relatou que indagou Rader recentemente sobre a morte de Garber, mas o serial killer negou qualquer envolvimento em seu assassinato. Ainda assim, o xerife disse estar esperançoso que a investigação iniciada por aqueles que revisitaram o desaparecimento de Kinney "encontraria evidências que ajudariam a resolver o caso de Garber".
Na última terça-feira, 22, investigadores de Osage escavaram o terreno da antiga casa de BTK em Park City, que foi demolida anos antes. Gary Upton, subxerife, informou mais tarde que os agentes haviam recuperado "itens de interesse", mas não deu mais detalhes sobre os objetos, apenas afirmando que todos seriam examinados minuciosamente.