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Calvície, pele escamosa e cicatrizes: a múmia de Tutmés II
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Calvície, pele escamosa e cicatrizes: a múmia de Tutmés II

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Aventuras Na História
19/02/2025 13h55
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16466680/original/open-uri20250219-18-kl17ja?1739973648
©Wikimedia Commons
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A coleção de múmias encontradas em diversos territórios do Egito Antigo é enorme. Cada uma delas possui uma delas possui uma característica marcante, que a diferenciam das demais. Elas também podem se parecer, principalmente a genética da família dos faraós, que faz com que alguns pais de pareçam muito com seus filhos.

O rei Tutmés II possui uma aparência física muito similar à de seu provável pai, Tutmés I. Os dois têm o rosto e próprio formato do crânio quase idênticos, o que faz com que a associação facilmente seja feita tanto por arqueólogos quanto por curiosos que observam as duas múmias próximas uma da outra.

A cabeça alongada e a boca proeminente são características marcantes de ambos os faraós. Os narizes dos dois também se parecem. Tutmés II, no entanto, está em condições muito mais precárias que a do governante anterior a ele — ladrões de túmulos vandalizaram o corpo mumificado, fazendo com que ele se tornasse muito frágil ao longo do tempo.

As múmias de Tutmés I e Tutmés II / Crédito: Wikimedia Commons

Muitas partes da múmia foram separadas do resto do tronco do faraó. O braço esquerdo, por exemplo, foi quebrado logo na articulação do ombro. O antebraço do mesmo membro foi desprendido da articulação do cotovelo. O outro braço não teve um destino diferente: ele foi arrancado logo depois da parte do cotovelo.

A situação não melhorava quando se observava o resto do corpo. Tutmés II teve seu peito rachado provavelmente por um machado utilizado pelos vândalos. Mais abaixo, a perna direita do cadáver mumificado também foi desagregada do resto do corpo. É fato: o faraó foi altamente debilitado depois da morte. Mas, em vida, seu corpo também teve de aguentar muitas adversidades.

“Mal tinha trinta anos quando foi vítima de uma doença da qual o processo de embalsamamento não conseguiu remover os traços. A pele é escamosa em manchas e coberta de cicatrizes, enquanto a parte superior do crânio é careca; o corpo é magro e um pouco encolhido, e parece não ter vigor e força muscular”, descreveu o egiptólogo francês Gaston Maspero, conforme escreveu G. Elliot Smith em "The Royal Mummies".

Descoberta

A múmia de Tutmés II / Crédito: Wikimedia Commons

Gaston Maspero foi responsável por desembrulhar a múmia de Tutmés II no dia 1º de julho de 1886. O quarto faraó da 18º dinastia do Egito Antigo foi encontrado no túmulo em Deir el-Bahri, localizado na Necrópole de Tebas, no Egito.  A tumba DB320 ficou conhecida por abrigar ao menos 50 restos mortais de faraós, rainhas e nobres do Egito Antigo, contando ainda com muitos equipamentos fúnebres dessas pessoas.

A medida drástica foi tomada durante em algum momento durante 21ª Dinastia: muitos restos mortais de importantes faraós foram levados até o local para sobreviverem, com o mínimo de segurança possível, a outros ataques causados por vândalos. Mesmo que degradadas, algumas dessas múmias somente sobreviveram às adversidades devido a essa tentativa de enganar saqueadores — que funcionou muito bem.

Fonte: Ancient Egyypt Online

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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