Canadá expulsa embaixador da Índia após acusação de assassinato
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Nesta segunda, 14, o governo do Canadá decidiu expulsar o embaixador da Índia do país, após acusações de assassinato e extorsão por parte de funcionários do governo indiano, que supostamente teria organizado estratégias de silenciamento de grupos críticos ao regime da nação asiática.
A decisão dá sequência a uma série de tensões diplomáticas entre os dois países, iniciadas no ano passado após o homicídio de um ativista sikh, um grupo religioso do norte da Índia. O Canadá abriga a maior comunidade da etnia fora da Índia.
Tensões
O governo canadense expulsou do país o principal diplomata indiano, o alto-comissário Sanjay Kumar Vermae, além de outros 5 funcionários que supostamente fariam parte de uma rede criminosa.
Em entrevista coletiva, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, deu explicações sobre a expulsão: "Temos evidências claras e convincentes de que agentes do governo da Índia se envolveram e continuam a se envolver em atividades que representam uma ameaça significativa à segurança pública".
A Índia reagiu à medida expulsando seis diplomatas canadenses de seu território. Em nota, Mélanie Joly, ministra das Relações Exteriores do Canadá, afirmou que emitiu ordens de expulsão para os diplomatas após o governo indiano se recusar a renunciar à imunidade diplomática do grupo.
Os dois países enfrentam um entrave político desde junho de 2023, quando o líder religioso Hardeep Singh Nijjar foi assassinado a tiros na saída de um templo canadense da Colúmbia Britânica. À época, Trudeau disse que a ação foi orquestrada pelo governo indiano, e três pessoas foram presas.