Caso Émile Soleil: Avós e tios são soltos após horas de interrogatórios

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Em julho de 2023, Émile Soleil, de apenas dois anos e meio, desapareceu enquanto passava férias com seus avós nos Alpes franceses. Oito meses depois, no final de março de 2024, seus restos mortais foram descobertos a pouco mais de um quilômetro da casa de seus avós. Desde então, a morte do menino tem sido um mistério.
No início desta semana, conforme relatado pelo jornal Le Monde, os avós maternos e dois tios da criança foram presos sob suspeita de homicídio doloso e ocultação de cadáver.
Em uma operação realizada na madrugada da última terça-feira, 25, a polícia revistou o imóvel no vilarejo de Haut-Vernet e prendeu os familiares. Porém, 48 horas após as detenções, eles foram liberados da delegacia de polícia de Marselha sem acusação.
O mistério continua
Repórteres do Le Parisien avistaram os familiares de Émile Soleil retornando para a casa da família. "Após 17 horas de interrogatório hoje, a custódia policial foi suspensa", disse Isabelle Colombani, advogada do avô, à imprensa reunida do lado de fora da propriedade.
Pode ter havido algumas áreas cinzentas para esclarecer, mas aí está", ela acrescentou. "Os investigadores têm feito muitas perguntas para nós desde ontem. Nós respondemos a todas elas."
Além disso, um trailer para cavalos e um carro, pertencentes ao avô, que foram vistos sendo levados para investigações forenses, agora serão devolvidos à propriedade.
Detalhes do crime
Segundos os promotores do caso, em entrevista coletiva, as cicatrizes anatômicas no crânio do menino são "sugestivas de trauma facial violento". O procurador Jean-Luc Blachon acrescentou: "Os relatórios dos especialistas sugerem a probabilidade de envolvimento de terceiros no desaparecimento e morte de Émile Soleil".
"Os ossos foram transportados e depositados pouco antes de sua descoberta. Eles também nos permitem confirmar que o corpo da criança não se decompôs nas roupas encontradas na floresta".
De acordo com os investigadores, até o momento, 287 entrevistas com testemunhas foram conduzidas, 285 hectares foram vasculhados, 27 veículos foram periciados e os investigadores processaram 55 milhões de bytes de dados, principalmente por meio de grampos telefônicos.
Conforme relatado por vizinhos, Émile foi visto pela última vez enquanto caminhava sozinho pela rua. Apesar da força-tarefa para resolver o caso, os restos mortais do menino só foram descobertos meses depois quando uma pessoa que fazia caminhada encontrar um crânio humano.
O jornalista Valentin Doyen, especializado no caso, disse que a família não acredita que o menino tenha sofrido um acidente sozinho. À BFMTV, o repórter afirmou que Émile tinha medo da grama alta e de se aventurar sozinho.


