Como a tragédia da Boate Kiss gerou importantes aprendizados para o SUS
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Aventuras Na História
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Na madrugada que atravessava os dias 26 e 27 de janeiro de 2013, a ativação de um sinalizador durante a apresentação do conjunto musical Gurizada Fandangueira na Boate Kiss, localizada na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, iniciava um dos mais fúnebres episódios de incêndio que o país já enfrentou.
O local, com problemas de aval e infraestrutura, não estava preparado para o artefato pirotécnico, iniciando chamas na espuma de isolamento acústico do local e, em decorrência das chamas e gás tóxico liberado pelo fogo, vitimou fatalmente 242 pessoas e ainda feriu mais 363, sendo a grande maioria de jovens e universitários.
Contudo, os trabalhos de resgate de sobreviventes e de restos mortais não se concentraram apenas em membros do Corpo de Bombeiros local, mas em muitos voluntários, além de uma megaoperação a nível federal para que o SUS (Sistema Único de Saúde) atendesse as centenas de pessoas que lotavam os hospitais do município interiorano de Santa Maria.
De acordo com o portal do Ministério da Saúde, a missão local contou com um investimento direto de R$ 3,3 milhões para o atendimento de vítimas, além de deslocar 67 voluntários integrantes da Força Nacional do SUS para o Rio Grande do Sul, ainda no primeiro dia após o incêndio.
Por lá, permaneceram ao longo do mês seguinte, sendo 25 enfermeiros, 24 médicos, 11 técnicos de enfermagem, três fisioterapeutas, um profissional de comunicação para servir como porta-voz das medidas, um funcionário administrativo e, em especial, dois psicólogos. Estes tiveram a difícil missão de prestar amparo psicossocial em meio a uma das maiores fatalidades da história do Brasil.
Apoio psicológico
O portal do governo chama atenção aos atendimentos psicológicos ainda nas primeiras horas após o incêndio; em meio ao grande número de pessoas com dificuldades de locomoção e respiração afetada, estima-se em 577 o número de pacientes que foram atendidos. Até o mês seguinte, o número de atendidos pelo Núcleo de Atenção Psicossocial local ultrapassou a casa dos milhares.
Em simultâneo a isso, o Ministério da Saúde de responsabilizou a mandar representantes para a região, levantando dados pelo SUS e disponibilizando junto a atualizações em comunicados para familiares e imprensa.
Devido ao grande número de pacientes afetados pela inalação de cianeto, o Ministério ainda teve de agilizar a autorização de um remédio que sequer podia ser comercializado no Brasil, a hidroxicobalamina, obrigando uma articulação rápida e histórica com a Anvisa, de forma a repassar para as vítimas.
Ao aprovar, sendo possível obtê-lo com orientação médica até os dias atuais, o Brasil ainda conseguiu doses doadas por outros países, diminuindo custos para adquirir o remédio de fora, visto que não havia produção nacional.
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