Universidade da Califórnia suspende dois grupos estudantis pró-palestinos
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Por Sean Beckner-Carmitchel para o Beverly Hills Courier
Depois de um protesto em frente à casa de Jay Sures, conselheiro da Universidade da Califórnia, em Brentwood, no dia 5 de fevereiro, duas organizações estudantis pró-Palestina foram suspensas temporariamente pelo Escritório de Conduta Estudantil da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA).
No último dia 5, a casa de Sures foi alvo de um protesto no início da manhã. Vídeos nas redes sociais mostram manifestantes portando grandes faixas com os dizeres “revelar, desinvestir, não vamos parar, não vamos descansar” e “Jonathan Sures, você vai pagar até ver seu último dia”. Oficiais do Departamento de Polícia de Los Angeles chegaram enquanto os manifestantes gritavam e alguns policiais carregavam munições “menos letais”.
Marcas de mãos feitas com tinta vermelha teriam sido deixadas na porta da garagem de Sures em algum momento durante o protesto. De acordo com uma declaração do reitor da UCLA, Julio Frenk, “pessoas cercaram o veículo de um membro da família Sures e impediram a livre movimentação desse membro da família”.
As organizações estudantis Estudantes pela Justiça na Palestina e Estudantes de Graduação pela Justiça na Palestina (SJP e GSJP, nas siglas em inglês) foram suspensas com base em uma revisão dos relatórios iniciais sobre o envolvimento dos grupos no incidente, disse Frenk em sua declaração.
Após o protesto, o SJP divulgou uma declaração no Instagram, já apagada, de que o protesto foi devido ao Conselho da Universidade da Califórnia não estar trabalhando com os manifestantes pró-Palestina para acabar com os investimentos e financiamentos de Israel. A declaração dizia que os funcionários da universidade “nos expulsaram repetidamente de suas reuniões, cancelaram fóruns para comentários públicos e criminalizaram nossas tentativas de protestar contra as políticas de investimento. Levamos nossas questões diretamente aos conselheiros porque eles sistematicamente militarizaram nosso campus em resposta. Nos últimos oito meses, Jay Sures liderou os esforços da UC para suprimir discursos e expressões pró-Palestina no campus, inclusive por meio de maior militarização e políticas draconianas”.
Sures é vice-presidente e diretor administrativo da United Talent Agency, sediada em Beverly Hills, que representa a Liga Antidifamação (ADL, na sigla em inglês). No mesmo dia 5 de fevereiro, SJP e GSJP fizeram uma declaração via mídia social condenando o trabalho de Sures com a ADL, bem como seu trabalho como membro do conselho da Fundação da Polícia de Los Angeles, do Laboratório Nacional de Los Alamos e do Laboratório Nacional Lawrence Livermore. A postagem também declarou que Sures “é um dos funcionários não eleitos responsáveis por proteger os investimentos da Universidade da Califórnia em genocídio e fabricação de armas”.
Vários dias após o protesto, a Federação Judaica de Los Angeles (JFEDLA, na sigla em inglês) divulgou uma carta aberta assinada por centenas de profissionais do entretenimento, celebridades e líderes religiosos judeus. Os signatários incluíam Jonathan Greenblatt, CEO da ADL. A carta pede que “as autoridades policiais e universitárias investiguem completamente este incidente odioso e garantam que todos os responsáveis sejam responsabilizados”. Ela continua: “Além disso, pedimos às autoridades eleitas locais e à liderança universitária que condenem inequivocamente as ações ilegais e antissemitas dos manifestantes e reafirmem seu compromisso de proteger a segurança e a dignidade de todos os indivíduos e grupos, incluindo a comunidade judaica”.
Frenk anunciou as suspensões no dia 12 de fevereiro. Em uma carta aberta à comunidade universitária, disse que “o Escritório de Conduta Estudantil está realizando o processo padrão para abordar potenciais violações do código de conduta do grupo estudantil da UCLA. Ele está conduzindo uma revisão administrativa, e esta suspensão permanecerá em vigor durante a revisão. Se for provado que esses relatos forem verdadeiros como parte desta revisão, uma ação disciplinar poderá ser tomada”.
A suspensão do SJP pela UCLA segue a mesma ação tomada nos campi de Santa Cruz, Irvine e San Diego. Seções do SJP também foram suspensas por várias outras universidades em todo o país. Durante essa suspensão, as organizações não podem reservar espaço para reuniões nos campi ou solicitar financiamento para o clube estudantil.
Leia o artigo original no Beverly Hills Courier .
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