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Como eram as cozinhas e comidas de rua em Pompeia?
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Como eram as cozinhas e comidas de rua em Pompeia?

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Aventuras Na História
07/03/2025 00h00
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Há quase 2 mil anos, os habitantes da cidade romana de Pompeia viveram o que ficou lembrado por toda a história como uma das maiores catástrofes naturais da humanidade: a erupção do Monte Vesúvio, em 79 d.C. Embora alguns tenham sobrevivido, o episódio dizimou a maioria dos habitantes não só de lá, como também de outra cidade próxima, Herculano.

Séculos após a devastação promovida pelo Vesúvio, Pompeia e Herculano foram redescobertas, e até hoje fornecem uma série de revelações sobre a vida comum de uma cidade romana, além de achados arqueológicos impressionantes, como mosaicos, afrescos, estruturas, e, é claro, as próprias vítimas da tragédia, que foram petrificadas.

Vítimas petrificadas do Vesúvio encontradas em Pompeia / Crédito: Getty Images

Hoje dois sítios arqueológicos importantes, Pompeia e Herculano revelam detalhes da vida no passado, como a cultura, rituais, tradições e a dinâmica dentro da cidade... Além, claro, de detalhes sobre como eram os hábitos alimentares na região.

Por exemplo, hoje já se sabe que, em meio às ruas, grandes vilas e praças públicas movimentadas de Pompeia, prosperava um aspecto notável da cultura culinária romana: a thermopolia. De maneira bastante simples, esses estabelecimentos eram como se fossem os nossos "fast-foods" modernos, mas que além de ser onde muitos se alimentavam, também eram centros sociais cruciais na vida diária da cidade.

Fotografia tirada no sítio arqueológico de Pompeia / Crédito: Getty Images

Thermopolia

Segundo o site do Parque Arqueológico de Pompeia, o termo "thermopolia" deriva das palavras gregas "thermos", que significa "quente", e "poleo", que significa "vender". Ou seja, o local era um ponto de venda de comidas e bebidas quentes.

É importante mencionar que, na época, cozinhas privativas dentro de casa era quase que um luxo. Assim, a thermopolia fora crucial no dia a dia não só de Pompeia, mas até de outras cidades romanas. Essas "cozinhas públicas" serviam como fornecedoras essenciais de refeições prontas para o consumo, em especial de pessoas das classes baixa e média da sociedade.

Esses estabelecimentos, onde os pompeianos se reuniam para jantar, já foram encontrados em diferentes lugares de Pompeia, o que sugere que eram, de fato, um marco da vida urbana. Lá, eram fornecidas refeições acessíveis e baratas, o que fazia dos espaços populares principalmente entre aqueles que não tinham cozinha.

Fotografia do que supostamente foi uma thermopolia ou uma taverna em Pompeia / Crédito: Getty Images

Mas além de meros restaurantes, esses locais também eram cruciais como centros sociais e culturais. Afinal, além de se alimentarem, as pessoas também poderiam se reunir, socializar e se envolver na vida comunitária da cidade, inclusive, os mais pobres.

Na prática

A partir das escavações realizadas nas cidades devastadas, os arqueólogos descobriram que as thermopolias eram caracterizadas, principalmente, por seus grandes balcões, onde havia jarras de terracota embutidas. Com isso, o preparo de alimentos era eficaz.

Jarras de terracota embutidas no interior de uma thermopolia em Herculano / Crédito: Getty Images

Nas jarras, eram armazenados diferentes pratos, quentes e frios. Além disso, os balcões desses estabelecimentos eram frequentemente adornados com afrescos intrincados. Por lá, os proprietários serviam diferentes alimentos, incluindo sopas, ensopados, pão e vinho — tipicamente diluído em água.

Porém, a comida era diversa, devido ao fato de Pompeia ser uma cidade que abrigava diferentes culturas. Nos 'cardápios', estavam inclusos desde alimentos básicos da dieta romana, como grãos, azeitonas, queijo e peixe seco, até pratos mais exóticos, com ingredientes provenientes de outras regiões, influenciados pelo grande comércio do Império Romano.

Vale destacar ainda que a popularidade que as thermopolias tinham em Pompeia é um forte indicativo de que a cidade possuía uma economia urbana próspera, visto que muitas pessoas se alimentavam por ali, além de fornecer comida rápida e acessível.

Estrutura no interior de uma thermopolia em Herculano / Crédito: Getty Images

Assim, é possível observar como, mesmo com a descoberta de algo supostamente tão simples quanto uma cozinha comunitária, a arqueologia e a história se mostram áreas de estudo cruciais para entender uma sociedade tão antiga quanto aquela que habitou a costa da Itália há quase 2 mil anos, e compará-la, bem como sua natureza dinâmica e diversa, com a de hoje em dia.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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