Como foi a última aparição de Freddie Mercury
Aventuras Na História
Freddie Mercury foi um dos maiores astros do rock de todos os tempos. Sua morte, como é comum entre grandes celebridades, é tão abordada quanto sua vida e carreira artística.
O vocalista do Queen morreu por complicações causadas pela AIDS, em novembro de 1991, doença que ainda carregava um forte estigma no período, principalmente por ser muito atrelada à homossexuais.
Embora hoje se saiba que a doença nada tem a ver com orientação sexual, Freddie de fato teve um longo relacionamento de cerca de dez anos com o irlandês Jim Hutton. A voz do Queen, contudo preferiu manter essa parte de sua vida íntima privada para seu público.
Assim como fez com sua sexualidade, portanto, o vocalista manteve a doença autoimune em segredo até sua última semana. Foi apenas um dia antes de sua morte, quase como se já soubesse que sua partida estava próxima, Mercury confirmou o mal que o acometia.
Na época, não existia ainda o coquetel de medicamentos utilizado como tratamento pelos que são acometidos pela AIDS, de forma que aqueles que contraíam a doença frequentemente tinham seu destino já traçado.
Última aparição
Assim como outras celebridades do período que possuíam versão manifesta do vírus HIV, não demorou para Freddie começar a ter uma aparência magra e abatida. Em sua última aparição, em fevereiro de 1990, já era possível perceber que algo não estava bem com o músico.
Era a premiação do 11° BRIT Awards, e a banda Queen estava lá para receber um troféu por sua “Contribuição Espetacular à Música Britânica”. Freddie Mercury tinha 45 anos então, e estava com um comportamento amuado e quieto, além de já ter o peso abaixo do habitual.
Para aqueles que acompanhavam o cantor de rock de perto, a diferença era nítida: em geral, o vocalista do Queen era muito mais extrovertido e energético, no entanto, nesse evento, ele apenas disse três palavras para a plateia. Seu parceiro de banda, o guitarrista Bryan May, falou no microfone primeiro, e quando foi a vez de Freddie, ele se limitou a uma curta frase: “Obrigado… Boa noite”. O vídeo do momento está no fim da matéria!
Suspense
Fãs e tabloides já especulavam sobre o estado de saúde do astro do rock desde a última apresentação do Queen, que fora em 1986, no Knebworth Park, e o BRIT Awards apenas alimentou essas teorias, inclusive. Muitos já davam então o palpite certeiro que o cantor sofria com AIDS.
Até os próprios amigos e companheiros de banda de Mercury foram deixados às especulações por certo período, como contou Brian May anos depois: “Ele só nos disse que não estava a fim de fazer turnês, e foi só até aí. Gradualmente, eu acho que no último ano e pouco, ficou óbvio qual era o problema. Ou pelo menos relativamente óbvio. Nós não sabíamos com certeza.”.
O guitarrista ainda comentou que os membros do Queen não souberam o que estava errado “por um bom tempo”, não perguntando em consideração aos sentimentos do próprio vocalista: “Nós nunca falamos sobre isso e meio que estava no ar que não falaríamos, porque o Freddie não queria.”.
Legado
Apesar de ter parado com as turnês, o astro do rock não parou de fazer música: ele gravou um álbum chamado “Made in Heaven” no ano de 1991, o mesmo da sua morte. Na época, o médico do cantor já o tinha avisado que poderia não resistir até o fim do ano, fator que o motivou ainda mais para colocar um último pedacinho de si no mundo antes de ir.
Confira o vídeo da sua última aparição abaixo.