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Condenado escolhe execução por pelotão de fuzilamento na Carolina do Sul
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Condenado escolhe execução por pelotão de fuzilamento na Carolina do Sul

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Aventuras Na História
21/02/2025 21h30
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16468779/original/open-uri20250221-18-a0005f?1740173821
©Divulgação/South Carolina Department of Corrections
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Brad Sigmon, um homem de 67 anos no corredor da morte na Carolina do Sul, escolheu ser executado por um pelotão de fuzilamento. Se sua execução ocorrer em 7 de março, como programado, será a primeira vez em 15 anos que a pena de morte nos Estados Unidos será aplicada por tiros. A decisão do americano reacende o debate sobre a pena capital e os métodos de execução, especialmente em relação ao sofrimento dos condenados.

A Carolina do Sul, que retomou as execuções após uma pausa de 13 anos, agora permite que os condenados à morte escolham entre cadeira elétrica, injeção letal ou fuzilamento. A escolha de Sigmon pelo pelotão de fuzilamento foi motivada por preocupações com os métodos de injeção letal do estado, que, segundo seus advogados, causaram sofrimento excessivo em execuções recentes.

"Minha frustração é que estamos em um mundo onde ele tem que escolher entre ser eletrocutado, envenenado ou baleado, e não conseguimos nem os fatos mais básicos que você gostaria de ter para tomar essa decisão", disse Gerald King, um dos advogados do condenado, em uma entrevista.

As últimas três execuções na Carolina do Sul foram realizadas com injeções de pentobarbital, um sedativo. Advogados dos condenados relataram que as execuções levaram mais de 20 minutos e, em um caso, causaram uma condição semelhante a afogamento e sufocamento. Além disso, questionam o sigilo em torno dos medicamentos e protocolos de injeção letal do estado.

Advogados de outros condenados à morte na Carolina do Sul já se opuseram aos pelotões de fuzilamento, argumentando que o método constitui punição cruel e incomum devido à dor causada pelos tiros. Um juiz do estado chegou a classificar o método como "tortura" em 2022.

A Carolina do Sul havia interrompido as execuções em 2011 devido à falta de medicamentos para injeção letal. Em 2023, uma nova lei permitiu a retomada das execuções. A escolha de Sigmon ocorre em um momento de crescente escrutínio dos métodos de execução nos EUA, com estados como Alabama e Idaho adotando métodos controversos como hipóxia de nitrogênio e pelotão de fuzilamento.

Brad foi condenado pelos assassinatos dos pais de sua ex-namorada em 2001. Seus advogados argumentam que os crimes foram resultado de uma infância de abuso e negligência, além de doença mental não diagnosticada.

"Este foi um crime horrível que foi um produto desta convergência de doença mental e lesões cerebrais orgânicas que amplificaram seus episódios maníacos e irracionais", disse King na entrevista. "Ele está enormemente arrependido. Ele é um cristão devoto e passa uma quantidade enorme de tempo em oração e penitência. Ele se arrepende todos os dias pelo que fez".

Críticas

Segundo o 'The Guardian', a possível execução do homem por fuzilamento gerou críticas de grupos de direitos humanos, que consideram o método "vívido e brutal". A decisão reacende o debate sobre a pena de morte e a busca por métodos de execução considerados mais "humanos".

"Espero que muitos membros do público fiquem chocados com a exibição gráfica e sangrenta que resultará de uma execução por pelotão de fuzilamento", disse Robin Maher, diretor executivo do Death Penalty Information Center, ao Guardian.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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