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Crateras da superfície lunar são 200 milhões de anos mais velhas do que se estimava
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Crateras da superfície lunar são 200 milhões de anos mais velhas do que se estimava

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Aventuras Na História
13/07/2023 17h41
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15657333/original/open-uri20230713-18-3ib7le?1689271914
©Getty Images
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Após um estudo de quase 10 anos, cientistas chegaram à conclusão de que as crateras encontradas na superfície da Lua são 200 milhões de anos mais velhas do que se estimava. Pesquisadores chegaram a esse número utilizando um novo procedimento para a datação do exterior do satélite, conforme repercutido pelo portal Galileu. 

Nesta semana, durante a Conferência Goldschmidt de Geoquímica, em Lyon, na França, foram divulgadas as conclusões deste trabalho iniciado em 2014 e publicado em 2022 na The Planetary Science Journal. Cientistas oriundos da França e da Noruega reajustaram dois sistemas diferentes que não coincidiam na datação da superfície da Lua. 

Os resultados da pesquisa mostraram que, geologicamente, o satélite natural da Terra se manteve praticamente inativo, ou seja, as crateras que observamos não passaram por erosão ao longo dos anos. Essa estabilidade foi o que permitiu aos cientistas traçarem uma linha cronológica de sua superfície.

Os resultados

Durante sua apresentação na conferência, uma das colaboradoras do estudo, Stephanie Werner, que atua no Centro de Habitabilidade Planetária da Universidade de Oslo, explicou que essas descobertas também nos ajudam a entender o nosso planeta.

A observação dos sinais desses impactos na Lua mostra como a Terra seria sem a agitação das placas tectônicas que ocorreu por aqui. O que fizemos foi mostrar que grandes porções da crosta lunar tem 200 milhões de anos a mais do que se pensava.", afirmou Werner

A datação da superfície do satélite feita nesta pesquisa, que ocorreu graças a um processo denominado contagem de crateras, mostrou discrepâncias no resultado da mesma análise feita pelas missões Apollo. Assim, os cientistas tiveram de “reconciliar essas diferenças”, nas palavras de Werner

Descobrimos que, ao fazer isso, poderíamos determinar a discrepância e empurrar para trás a idade da Lua em 200 milhões de anos.", explicou a coautora do estudo. 

Werner realçou que os resultados do estudo não alteram a idade da Lua, e sim da sua superfície — e, mesmo assim, esse novo número não pode ser considerado para sua totalidade, apenas para algumas áreas da Lua. 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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