Crianças pulam de janela do apartamento durante visita do Conselho Tutelar
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Nesta quinta-feira, 20, dois irmãos de 6 e 9 anos, saltaram da janela do apartamento após uma visita do Conselho Tutelar em Riberão Preto, no interior de São Paulo. O órgão teria se dirigido à casa deles por receberem uma denúncia dos vizinhos alegando que as crianças ficavam sozinhas durante o dia.
Os meninos saltaram de um prédio de dois andares, com uma queda de, aproximadamente, três metros. Nesta sexta-feira, 21, o caçula, que fraturou o pé, passou por uma cirurgia. A mãe dos meninos, em um depoimento para a Polícia Civil, afirmou precisar trabalhar e não tinha ninguém que poderia cuidar dos garotos, que estão em férias escolares.
Ela também explicou que, em maio deste ano, havia buscado ajuda do Conselho para matricular as crianças em uma escola de período integral, mas que não obteve sucesso. Em seu testemunho, ela esclareceu que saiu para o trabalho às 8h30, deixou pronto o café da manhã dos meninos e que voltaria durante o almoço para ver como eles estavam.
Conforme repercutido pela Folha de S. Paulo, a mãe disse que foi comunicada da queda dos filhos pelo condomínio, que encontrou os meninos na ambulância e que não foi informada pelo Conselho do que aconteceu, apenas que receberam uma denúncia de maus tratos. Ela ainda afirmou que acredita que os garotos ficaram assustados e que saltaram do prédio por medo de irem morar com o pai.
Esclarecimentos
O advogado da mãe, Vanderley Caixe Filho, afirmou que não foi comunicado das acusações contra sua cliente e que o Ministério Público decidirá se acusará formalmente a mãe das crianças.
Eram duas crianças no apartamento, imagino que [a denúncia] tenha sido por algum barulho. Mas outra questão difícil é saber por que elas pularam da janela. Estavam conversando com a conselheira pela porta e, de repente, elas pulam. O que foi dito que as assustou?”, indagou, Vanderley.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública comunicou que a Polícia Civil iniciou um inquérito e o caso foi protocolado na Delegacia de Defesa da Mulher como abando de incapaz e maus-tratos.