Da era Paleolítica as grandes produções: Conheça a história da animação
Aventuras Na História
Os neandertais já faziam desenhos animados, não como conhecemos, mas os retratos encontrados nas cavernas, que eram suas moradias, geralmente retratavam animais pré-históricos e, conforme a luz do fogo iluminava o ambiente, dava impressão que as pinturas se moviam. Esse fenômeno acontece por conta da cintilação e do movimento das tochas, que jogavam luz sobre alguns elementos do desenho por vez.
Saltando no tempo, a primeira vez que a animação encontrou com o cinema foi em 1892. O responsável por essa união de sucesso é o artista francês Émile Reynaud, inventor do praxynoscópio, sistema de animação de 12 imagens.
Em 1900, ‘O Desenho Encantado’, dirigido por J. Stuart Blackton, foi a primeira espécie de live-action. Bem abaixo do que estamos acostumados hoje, a história é de um cartunista que tira os personagens tridimensionais de um bloco para desenhos. E seis anos depois, ‘Frases cômicas de caras engraçadas’ foi o primeiro desenho considerado uma animação de verdade por historiadores, pioneiro em utilizar suporte fotográfico.
Já no ano de 1908, Émile Cohl criou ‘Fantasmagorie’, o primeiro desenho de animação tradicional. Mas bem no começo, o curta-metragem era mudo e feito com bonecos de palito em movimento. A técnica era utilizada pelo desenho no papel e depois copiada no negativo.
Logo apareceu o estúdio Sullivan, que apesar de ter muitas animações, foi em 1919 que o Gato Félix apareceu e deu consagração merecida ao trabalho realizado.
E foi este estúdio que inspirou Walt Disney, mas claro que não por muito tempo, já inovou as criaturas antropomórficas, primeiro com um coelho que se chamava Oswald, que perderam em uma briga de direitos autorais. Apesar de arrasados, tiraram uma carta da manga que seria a base do sucesso, o Mickey Mouse.
Com todo esse contexto, a grande produtora descobriu o que exatamente era o foco, a animação deveria ser usada para contar histórias que geravam emoções, aprendizado e inspiração nas crianças e, porque não, em adultos também. Foi então que ‘A Branca de Neve e os Sete Anões’ (1937) surgiu como o primeiro longa-metragem animado.
O efeito utilizado pelo filme da Disney trouxe muitas inovações, entre elas a câmera multiplano, que simulava o paralaxe, e dava a impressão da movimentação dos objetos.
Depois disso, viram muitas outras consideráveis ferramentas que mudaram a história da animação no cinema e na televisão também. Como exemplo, o stop-motion, que se caracteriza na fotografia dos desenhos durante mudanças de posições — que em sequência tornava o personagem animado.
Essa técnica, que começou em 1897, produziu bonecos cada vez mais complexos que fazem parte não somente de animações consagradas, como ‘A Fuga das Galinhas’, dos estúdios Aardman, mas também de filmes live-action, como Star Wars (no clássico universo dessa série, o transporte AT-AT walker original foi criado com o stop-motion).
Em 1940, as coisas evoluíram bastante com a animação por computador, conhecida como CG (Computer Graphic). Após anos subsistindo em formas primárias, o CG se expandiu e criou ícones do cinema como ‘Os incríveis’, ‘Jurassic Park’, entre outros.
Inclusive, existem cineastas que utilizam de duas técnicas ao mesmo, como exemplo ‘Toy Story’, que não deixou de lado o stop-motion e agregou o CG para conseguir fazer um dos filmes infantis de mais sucesso da atualidade.
E para que o Dia das Crianças não passe em branco, vou mostrar algumas curiosidades de três filmes imperdíveis que cria emoções e nos deixa bastante impactados com a produção primorosa.
Viva: a vida é uma festa
A qualidade gráfica e os detalhes são o ápice da animação. Com um enredo que mexe com as emoções do espectador, o desenho assemelha-se muito com a realidade, feito com inovações em computação gráfica, técnicas de blending e modelagem 3D. Com certeza a Pixar conseguiu se destacar do que há muito havia sendo feito na indústria.
Homem-Aranha no Aranhaverso
Ganhou um Óscar de melhor animação, dispensa até mais detalhes. Com os recursos mais modernos, como a computação gráfica, a Marvel conseguiu um dos melhores filmes dos últimos tempos, quando se trata de desenho. Mas para além da tecnologia, a impressão das histórias diretamente das HQs foi o que realmente trouxe a diferença para esta animação.
O Estranho Mundo de Jack
Variante do stop-motion, a técnica de claymotion traz personagens de argila ou massa de modelar estruturadas no aço, que permitem alterar o movimento em cada quadro. Para se ter uma ideia, para que as expressões de Jack fossem convincentes foram produzidos 400 moldes diferentes de seu rosto. Ao todo, foram construídos 277 bonecos e muitos rostos distintos.