Dahmer está em evidência, mas precisamos mesmo é falar de Evan Peters
Aventuras Na História
Ryan Murphy vem escancarando em suas séries o verdadeiro mal, tanto no sentido humano quanto nos que tem uma dimensão sobrenatural. Mas uma coisa é fato, seus trabalhos têm um quê necessário de psicose e elementos que se unem para um bom show de horror.
Falando em freekshow, não podemos esquecer que foi o grande arquiteto do American Horror Story (AHS). E lembrando essa série tão emblemática, entre as estrelas achadas para encenar toda a loucura que o diretor expõe em seus roteiros, temos Evan Peters, ator e produtor norte-americano que participou de nove das dez temporadas da produção.
Não por menos, hoje seu estrelato está na pele do real Jeffrey Dahmer, o auge do psicopata americano, com direito a canibalismo, que levou a série inspirada em sua vida aos tabloides de todo o mundo. Afinal, reviveu as dores e acionou os gatilhos de muitas famílias.
A forma com que atua deixa a coisa mais real ainda, sente-se frieza nos trejeitos, um olhar vago de quem está oco por dentro e um comportamento de quem cometeu todos os assassinatos possíveis e mais um pouco.
Peters tinha tudo para ser mais um rosto angelical e atuar em filmes como ‘17 Anos, Outra Vez’ (2009), ou outros em que o bonitão se arrepende de dispensar a menina impopular da escola. Mas não, AHS mudou todos os planos e ele “caiu como uma luva” em roupagens lunáticas e, o melhor, o ator convence muito bem.
Seus personagens maquiavelicamente similares e com uma história diferente a cada episódio são a prova de que Peters veio para revolucionar o papel dos caras maus e colocar vida nos olhos dos desequilibrados. Ainda nos faz pensar, se ele não fosse ator, o que seria? Mais um psicopata americano?
Agora vamos relembrar os três melhores personagens de AHS que mostrou tudo o que o ator pode entregar.
1. Tate Langdon
Foi a primeira temporada e logo Peters já mostrou ao que veio. Ninguém sabia quem ele era, mas descobriram rápido o seu potencial. O personagem Tate se mostra angelical, confiável e dono de boas intenções, mas logo sua faceta do mau aparece e assusta qualquer pessoa com tamanha psicopatia.
Na temporada chama 'AHS: Murder House', o ator interpreta o fantasma adolescente que sofreu bullying em seus tempos de estudante, e começa a fazer um par fofo de namoro de escola com Violet — moradora da casa assassina.
Passado um tempo, revela-se a verdadeira face do assassino. Inspirado no caso do massacre de Columbine, com direito à pergunta que o verdadeiro chacinador fez a uma menina: “Você acredita em Deus?”.
O figurino parece que foi feito para ele, incrivelmente o ator te coloca na cena como se estivesse passando por tudo aquilo, sem rodeios, sem falhas, sua interpretação é certeira.
2. James March
Até na voz dos anos 30, Peters pensou e treinou antes deste papel. O serial killer e designer do Hotel Cortez, James March, que aparece na temporada 'AHS: Hotel', matava suas vítimas das maneiras mais esquisitas e diferentes para sua própria diversão.
E com todas as atrocidades cometidas e o vício no ato de matar, Peters consegue mostrar um olhar de quem tem um passado que o conduziu para ser um mensageiro da morte, que no caso era com seu pai. Filho de um cristão fervoroso, não conseguia ver santidade alguma em seu progenitor, pelo contrário, tinha uma raiva instalada em seu coração quando o assunto era o patriarca.
Esse contexto fica claro muito mais pela interpretação, por um jeito silencioso ao levar o personagem, do que pela fala icônica: “pior filho da puta que eu [ele] já tinha visto!”.
Atenhamos para um detalhe aqui, dizem as mentes fictícias que March foi professor e colega de Jeffrey Dahmer.
3. Edward Mott
Apesar do pequeno espaço que teve, Evan Peters foi grande ao interpretar esse papel. Mott é da temporada 'AHS: Roanoke', um rico nobre aristocrático.
Trata-se de um personagem que traz muito ojeriza, pois é proprietário de escravos de uma forma muito maldosa, e também é um amante das belas-artes. Aqui, o ator teve que usar todas as suas fontes de perturbação, pois a cabeça de Mott era um universo cheio de complicações.
Muitos acreditam que poderia ser um ícone na temporada se houvesse mais espaço dentro do enredo, pois a sua excentricidade causava muitas cenas de dar certo embrulho no estomago.
Realmente, tem que ter muita frieza para aguentar as bizarrices deste aristocrata, imagina interpretá-lo?
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