De tesouros a enterro curioso: 5 descobertas impressionantes sobre vikings
Aventuras Na História
A civilização viking é originária da região da Escandinávia, que hoje em dia corresponde a Suécia, a Dinamarca e a Noruega. Conhecidos como nórdicos ou normandos, os vikings construíram uma vasta cultura que chegou ao seu apogeu entre os séculos 8 e 11.
Com um vasto comércio marítimo, os vikings são referência de civilizações que se desenvolveram a partir de atividades agrícolas e artesanato. Além disso, são lembrados pelas expansões marítimas que atingiram diversos territórios, dentre eles Inglaterra, Escócia, norte da França, Rússia, Irlanda, Islândia, Groenlândia. Já no ano 1000, se estabeleceram na América do Norte, em uma pequena colônia localizada na região do Canadá.
Pensando nisso, o site Aventuras na História separou 5 descobertas arqueológicas impressionantes feitas sobre vikings.
1. Tesouro da Era Viking
Em 2018, Luca Malaschnitschenko, até então com 13 anos, e seu professor Rene Schöm encontraram um fragmento de alumínio, perto da vila de Schaprode, na Ilha de Rügen. No início, a dupla acreditou que fosse um lixo deixado por algum turista, mas ao examinarem o artefato, notaram que se tratava de prata.
A descoberta foi noticiada por diversos veículos alemães, dentre eles a Deutsche Welle. Logo uma equipe de arqueólogos foi montada. Com ajuda do garoto, os especialistas encontraram um vasto tesouro arqueológico, com mais de 600 moedas de prata, colares trançados, pérolas, broches, anéis e um pingente com um martelo.
2. Certidão de nascimento da Dinamarca medieval
Localizada no centro da Dinamarca, a cidade de Jelling, abriga um número expressivo de pedras rúnicas, dentre elas uma que pertenceu a um dos mais notórios chefes vikings, Harald Blatonn. Suas pedras são trabalhadas em iconografia cristã e nórdica.
Erguidas por volta do ano 965, estas pedras são consideradas a transição do panteão nórdico para o cristianismo. Elas reproduzem imagens de povos locais sendo derrotados por representações de figuras cristãs. Desta forma, estas pedras rúnicas, são consideradas a "certidão de nascimento" da Dinamarca medieval.
3. Cemitério Viking
Em 2019, os restos mortais de uma guerreira eslava foram encontrados em um antigo cemitério viking, localizado na ilha dinamarquesa de Langeland. Na época, o pesquisador da Universidade de Bonn, Leszek Gardela, divulgou à imprensa que o corpo foi encontrado com um machado típico dos povos eslavos.
Segundo o especialista, a Dinamarca era habitada por povos eslavos e escandinavos, que conviviam lado a lado. Além disso, o especialista disse que embora o corpo da guerreira estivesse bem preservado, a falta de lesões aparentes impossibilitou identificar a causa da morte.
Na época, as pesquisas identificaram, ainda, mais de 30 sepulturas femininas. Tais descobertas mostraram a importância da participação feminina em combates e quebraram paradigmas de gênero.
4. As impressionantes casas nórdicas
As casas vikings eram os primeiros lugares a legitimar hierarquias, sendo espaços políticos e amplos. Segundo estudos da pesquisadora Marianne Hem Eriksen, os escravos viviam em uma sala extra com uma lareira no estábulo da residência.
Além disso, era comum que bebês fossem enterrados na lareira ou dentro de vigas. A morte para eles tinham significado, portanto, dentro das casas existiam pontos para contatar pessoas mortas — o 'outro mundo'. Panelas, facas e anéis de ferro enterrados em portas ou próximos a elas, simbolizavam, ainda, uma proteção extra de poderes de outros seres.
5. Tesouro que levou a processo
Em 2014, Derek McLennan descobriu um cemitério em Galloway, na Escócia, com ajuda de um detector de metais. O local abrigava um tesouro viking com mais de mil anos. Dentre os objetos encontrados estão: joias de ouro e prata, seda bizantina, uma cruz esmaltada, disco anglo-saxão, broches, marcadores de prata, um pino de pássaro de ouro, miçangas e objetos de couro e madeira.
McLennan, por sua vez, prometeu que entregaria para a igreja local uma parte dos lucros da descoberta, no entanto, o rapaz não cumpriu a promessa. De acordo com as leis da Escócia, os lucros de uma descoberta deste nível devem ser repartidos entre a pessoa que encontrou e o proprietário de onde foram achadas. Portanto, o reverendo David Bartholomew entrou com uma ação judicial contra o explorador.