Desaparecida aos 8: Ann Marie Burr, a garota que pode ter sido a 1ª vítima de Ted Bundy
Aventuras Na História
Em 24 de novembro de 1946, nascia em Burlington, Vermont, nos Estados Unidos, Theodore Robert Cowell, que se tornaria internacionalmente conhecido como Ted Bundy.
Filho de Eleanor Louise Cowell, ele nunca conheceu o pai. Teve apenas um padrasto, Johnny Bundy, herdando o sobrenome. Mesmo assim, nunca foi de manifestar segurança nas relações sociais e familiares durante a juventude.
Após o colegial, passou um ano na Universidade de Puget Sound antes de se transferir para a Universidade de Washington, onde conheceu sua primeira namorada, Stephanie Brooks, mesmo que o relacionamento não tenha resultado em sucesso para o rapaz, considerado imaturo pela jovem.
Devastado, viajou para o estado do Colorado e, mais tarde, para a Filadélfia, onde se matriculou por um semestre na Universidade Temple. É por lá que, de acordo com o próprio, em depoimento à advogada Polly Nelson, começou a fazer seus primeiros sequestros e, consequentemente, cruéis assassinatos, aproximadamente em 1969.
A partir daí, uma série de assassinatos surgiram — sendo estimados em cerca de 30 pelo próprio criminoso, mas contabilizadas em números ainda maiores extraoficialmente —, somavam aos estupros, espancamentos e decapitações de mulheres de diversas idades. Contudo, um mistério rodeia o que pode ser um seus casos mais jovens — tanto para a vítima, quando para o criminoso.
Caso Ann Marie Burr
Em agosto de 1961, a garota Ann Marie Burr, que tinha 8 anos, desapareceu de sua casa em Tacoma, Washington, em um dia de tempestade intensa. No mesmo bairro, vivia o jovem Ted Bundy, com apenas 14 anos na época do sumiço, atribuído nas décadas seguintes como um suspeito para o desaparecimento.
Na época, terminando o verão do hemisfério norte, a garota estava prestes a iniciar a terceira série. Na noite em que foi vista pela última vez, estava dentro de casa com os pais, que se certificaram de trancar todas as portas com as crianças dentro. Pela manhã, a mãe de Ann, Beverly, notou a ausência da pequena, encontrando uma janela da sala de estar completamente arreganhada.
Do lado de fora da janela, um banco do jardim estava encostado na parede, dando altura para a entrada de alguém. Uma complexa investigação foi iniciada, com a polícia localizando pegadas no jardim com pés do tamanho de um adolescente, sem sucesso ao tentar atribuir suspeitos.
Bundy morava a 3 quilômetros do endereço, mas passava em frente diariamente ao entregar jornais, sendo seguido pela pequena de acordo com relatos coletados pela Q13 Fox. Após a prisão, duas décadas depois, Beverly decidiu tirar a limpo e enviar uma carta ao criminoso, que respondeu:
Em primeiro lugar, não sei o que aconteceu com sua filha Ann Marie. [...] Não tive nada a ver com o desaparecimento dela”.
Contudo, o portal All That's Interesting enaltece que Ronald Holmes, da Escola de Administração da Justiça da Universidade de Louisville, ouviu Bundy admitir que sua primeira vítima seria 'uma menina de oito anos', que foi sexualmente violentada, estrangulada e teve o corpo ocultado, sem maiores detalhes. Com sua execução em 1989, nunca foi possível concluir a relação entre o caso e o criminoso.