Diocese nos EUA proíbe redesignação de gênero: 'Respeito pelo sexo biológico'
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A diocese Des Moines, localizada no estado norte-americano de Iowa, anunciou na última segunda-feira, 16, uma lista de restrições que enfatizam o "respeito ao sexo biológico", tendo como alvo os indivíduos que sofrem com disforia de gênero, como transgêneros, pessoas não-binárias e de gênero fluido.
A instituição católica administra 80 paróquias e 17 escolas através da região, conforme apurado pelo The New York Post, com as recentes proibições valendo para todos estes locais.
De acordo com a nova política da diocese, serão proibidos o uso de banheiros e roupas vistas pela igreja como "inconsistentes" com o sexo biológico dos alunos. O mesmo vale para a participação em atividades extracurriculares.
Substâncias conhecidas como "bloqueadores hormonais", que são por vezes receitadas para jovens transexuais com o objetivo de atrasar as mudanças físicas trazidas pela puberdade, também são condenadas pela entidade. Cirurgias de redesignação de gênero, por sua vez, são descritas pelo local como "mutilação" e "moralmente proibidas".
Ainda segundo o The New York Post, até mesmo o conceito de "pronomes de preferência" foi abolido pela diocese, de forma que os membros da instituição religiosa e estudantes das escolas administradas por ela não poderão mais pedir que seus pares se refiram a eles com pronomes de sua escolha, apenas sendo permitido o tratamento de acordo com o gênero associado ao sexo biológico de cada um.
Todas as proibições da entidade são, assim, direcionadas a ações que indivíduos que não são cis gêneros tomam a fim de aliviar a disforia de gênero e sentir-se mais confortáveis consigo mesmos.
Em vez dessas medidas, a solução oferecida pela organização católica para adolescentes que estiverem tendo dificuldades com seu gênero é "amor e apoio incondicionais, bem como atendimento psicológico e pastoral".
A justificativa da instituição
(...) Respeitar a dignidade de uma pessoa inclui ajudar a cuidar do dom da criação que ela recebeu. Neste contexto, isso significaria ajudá-los a alcançar auto-aceitação, integração, e paz dentro do contexto de sua criação recebida. Sabemos que há pessoas que lutam com o gênero em que nasceram. Nossa fé nos chama a espelhar o amor incondicional de Deus, respeitar a sua liberdade e também testemunhar um caminho que conduz a um florescimento autêntico", afirma a diocese Des Moines em um documento disponibilizado ao público.