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Durante passeio com seu cão, escocês encontra raro 'vômito de baleia' na praia
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Durante passeio com seu cão, escocês encontra raro 'vômito de baleia' na praia

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Aventuras Na História
18/10/2023 16h56
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15827531/original/open-uri20231018-17-116vd25?1697649780
©Patrick Williamson
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Durante um passeio por uma praia em Ayshire, na Escócia, Patrick Williamson notou algo inusitado quando seu cachorro deixou a bolinha cair de sua boca: uma pedra estranha em cima de uma alga marinha.

Ao investigar o objeto, Patrick constatou que se tratava de âmbar cinzento; popularmente conhecido como vômito de baleia. A substância é considerada rara e pode atingir preços exorbitantes.

+ Tesouro regurgitado: Pescador encontra vômito de baleia que pode lhe render milhões

Eu trabalho em um barco de pesca, então sabia o que era âmbar cinza. Nunca vi isso antes, mas ouvi histórias sobre isso", disse ao New York Post. "Eu estava caminhando pela praia de Irvine com meu cachorro. Eu bati em algo nas algas e o cachorro correu até lá e deixou cair a bola. Ela geralmente não deixa cair a bola, então eu sabia que havia algo ali".

O objeto, parecido com uma rocha, pesa cerca de 150 gramas. Embora ainda não tenha o testado profissionalmente, Williamson acredita se tratar de âmbar cinzento — que também é chamado de "ouro flutuante".

O material pode atingir preços altíssimos, sendo que pequenos pedaços podem ser vendidos por dezenas de milhares de dólares. Em 2021, por exemplo, um grupo de pescadores iemenitas conseguiu 1,5 milhão de dólares ao encontrar uma peça em uma baleia morta.

O vômito de baleia

O âmbar cinzento é um objeto de cobiça por fabricantes de perfumes sofisticados. Segundo o National Geographic, fabricantes como Chanel e Lanvin usam a substância por conta de suas propriedades se aderirem à pele. O vômito de baleia age como um fixador da fragrância.

Apesar de seu 'luxo', o âmbar cinza tem uma origem não tão agradável assim, visto que ele é produzido nos intestinos das cachalotes. Pesquisadores acreditam que eles são 'criados' quando as baleias se alimentam de lulas. Como elas não conseguem digerir os 'bicos' das lulas, elas geralmente os vomitam.

Imagem de baleia cachalote/ Crédito: Pixabay

Entretanto, às vezes, os bicos chegam até o intestino, desencadeando o processo do âmbar cinzento. "À medida que uma massa cresce, [os bicos] são empurrados mais ao longo dos intestinos e se tornam um sólido emaranhado e indigesto, saturado de fezes, que começa a obstruir o reto", explica Christopher Kemp em seu livro ‘Floating Gold: A Natural (and Unnatural) History of Ambergris’.

Gradualmente, as fezes que saturam a massa compactada dos bicos das lulas tornam-se como cimento, unindo a pasta permanentemente", descreve.

Apesar de ser referido como vômito de baleia, os cientistas acreditam que o âmbar cinzento é oriundo de material fecal. Algumas baleias conseguem se livrar do material, mas outras acabam morrendo após a obstrução romper seus retos — só então o âmbar cinzento consegue se desprender e é levado até a costa.

Até o momento, Patrick não levou o material para ser analisado por um especialista, apenas fazendo testes caseiros; como pressioná-lo contra uma agulha quente — visto que o âmbar derrete rapidamente.

Nós o testamos com uma agulha quente e ele estava fazendo exatamente a mesma coisa que o âmbar cinza faria", explicou. "As pessoas têm dito que posso levá-lo para a Universidade de Glasgow e vão testá-lo — então farei isso no meu próximo dia de folga."

Enquanto isso, Patrick Williamson e seu cachorro continuarão observando qualquer coisa suspeita em seus passeios pela praia. "Levo meu cachorro comigo aonde quer que eu vá, então estaremos olhando sempre que pudermos".

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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