Em crítica aos EUA, China lamenta saída do Panamá da 'Nova Rota da Seda'
![publisherLogo](https://timnews.com.br/system/media_partners/image_1x1s/4386/thumb/Aventuras_na_Histo%CC%81ria.png)
Aventuras Na História
![icon_WhatsApp](/images/share/icon_WhatsApp.png)
![icon_facebook](/images/share/icon_facebook.png)
![icon_email](/images/share/icon_email.png)
![icon_WhatsApp](/images/share/icon_WhatsApp.png)
![icon_facebook](/images/share/icon_facebook.png)
![icon_email](/images/share/icon_email.png)
A China manifestou nesta sexta-feira, 7, seu descontentamento com a decisão do Panamá de se retirar da iniciativa Cinturão e Rota, também conhecida como "nova Rota da Seda".
A medida ocorre em meio à pressão dos Estados Unidos sobre o governo panamenho devido aos seus laços comerciais com Pequim, incluindo o controle de portos estratégicos nos extremos do Canal do Panamá. O governo chinês também condenou a postura americana, classificando-a como uma "mentalidade de Guerra Fria" na América Latina.
— Lamentamos a decisão do Panamá — declarou Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, pedindo que o país centro-americano "resista a interferências externas" e leve em consideração os interesses estratégicos e de longo prazo na relação bilateral.
Desde que reassumiu a presidência em 20 de janeiro, Donald Trump tem pressionado o Panamá a reduzir a influência chinesa no canal, uma via interoceânica construída pelos EUA e entregue ao país centro-americano em 1999, conforme acordos firmados na década de 1970 pelo então presidente Jimmy Carter.
O republicano também questionou as tarifas cobradas dos navios americanos e afirmou que não descarta medidas mais drásticas para retomar o controle da rota marítima.
Controle da região
Embora o canal seja administrado pela Autoridade do Canal do Panamá, Washington alega que a China mantém influência significativa por meio de uma empresa de Hong Kong que opera portos nas duas extremidades da via, por onde passa cerca de 5% do comércio marítimo global e 40% dos contêineres americanos.
Após a visita do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, ao Panamá nesta semana, o presidente panamenho, José Raúl Mulino, anunciou na quinta-feira a saída oficial do país da iniciativa chinesa. O rompimento do acordo deverá ser concluído em até 90 dias.
"Não sei o que levou à assinatura desse acordo com a China no passado", declarou Mulino. "Mas o que isso trouxe para o Panamá durante todos esses anos? Quais foram os benefícios concretos? O que essa iniciativa realmente nos proporcionou?"
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da China divulgou um comunicado nesta sexta-feira criticando os comentários de Rubio e acusando os EUA de "interferência deliberada" nas relações entre a China e países da América Latina.
O governo chinês reiterou que Washington adota uma abordagem ultrapassada e prejudicial baseada em rivalidades da Guerra Fria.
![icon_WhatsApp](/images/share/icon_WhatsApp.png)
![icon_facebook](/images/share/icon_facebook.png)
![icon_email](/images/share/icon_email.png)