Vice-presidente das Filipinas é acusada de conspirar para matar presidente
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Aventuras Na História
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A vice-presidente das Filipinas, Sara Duterte, foi acusada recentemente de uma série de crimes, incluindo corrupção em larga escala, falha em denunciar as ações agressivas da China contra as tropas filipinas no disputado Mar da China Meridional e, o que mais chamou atenção, conspiração para assassinar o atual presidente, Ferdinand Marcos Jr..
A ação, apresentada nesta quarta-feira, 5, na Câmara dos Representantes, aprofunda uma amarga divisão política entre os dois principais líderes do país, que vive uma das democracias mais turbulentas de toda a Ásia. Isso porque enquanto Marcos reforçou os laços de defesa com os Estados Unidos, aliado de seu país, o ex-presidente e pai de Sara Duterte, Rodrigo Duterte, cultivou relações amigáveis com a China e a Rússia.
Paolo Duterte, irmão de Sara, disse que o impeachment que a vice-presidente sofreu após as acusações são "um claro ato de perseguição política", e agora ocorrem investigações sobre um possível "impeachment infundado" no país.
Vale destacar que, antes da acusação contra Sara, ela acusou repetidamente Marcos, sua esposa e seu primo — o presidente da Câmara, Martin Romualdez — de corrupção, liderança fraca e tentativa de amordaçá-la devido a especulações de que ela deveria concorrer à presidência do país em 2028.
Porém, a denúncia contra Duterte pontua que sua conduta "ao longo de seu mandato demonstra claramente uma grande infidelidade à confiança pública e um abuso tirânico de poder que, em conjunto, demonstra sua grande inaptidão para ocupar cargos públicos e sua infidelidade às leis e à Constituição de 1987".
Cenário conturbado
Em 2022, Marcos e Duterte concorreram juntos à presidência, em uma campanha promovendo a unidade em um país profundamente dividido politicamente. Outro fato curioso é que ambos eram descendentes de líderes poderosos que foram acusados de violações de direitos humanos, mas ainda assim as bases regionais de apoio lhes garantiu uma vitória esmagadora nas eleições, repercute o The Guardian.
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Marcos é filho de Ferdinand Marcos, um falecido ditador das Filipinas, deposto em uma revolta pró-democracia que ocorreu em 1986. Duterte, por sua vez, é filha de Rodrigo Duterte, antecessor de Marcos que ficou conhecido por liderar uma repressão mortal contra as drogas no país, que hoje é investigada pelo tribunal criminal internacional como um possível crime contra a humanidade.
No entanto, logo após assumirem o poder, a aliança se desgastou. A queixa do impeachment contra Duterte se baseia principalmente em uma ameaça de morte que ela teria feito contra o presidente, sua esposa e o presidente da Câmara no ano passado, quando ela disse, em entrevista coletiva em novembro, que havia contratado um assassino para matá-los caso ela fosse morta.
Eventualmente, ela reforçou que o comentário não era uma piada, mas disse que não era uma ameaça, mas sim uma expressão do quanto ela se preocupava com sua própria segurança. Ainda assim, as declarações desencadearam uma investigação e preocupações com a segurança nacional.
Além disso, Duterte também esteve envolvida em alegações de suborno e corrupção, depois que foi apontado em uma investigação o uso indevido de fundos confidenciais e de inteligência que ela tinha acesso como vice-presidente e secretária de educação. Desde então, ela deixou o posto de secretária de educação, mas as diferenças políticas com Marcos já se aprofundavam.
A vice-presidente também foi acusada de possuir riqueza inexplicável, além de falhar em declarar a fortuna conforme a lei exige. Ela se recusou a responder perguntas em detalhes sobre o dinheiro ao longo de diversas audiências televisionadas no ano passado.
Por fim, a queixa de impeachment ainda acusava Duterte de minar as políticas de governo do atual presidente, incluindo sua descrição na forma como o governo lidou com disputas territoriais com a China, no Mar da China Meridional — que os filipinos chamam de Mar das Filipinas Ocidentais — como um "fiasco".
"Sua pura evasiva e silêncio sobre a questão do Mar das Filipinas Ocidentais, uma questão que atinge o cerne da soberania filipina, é diametralmente oposta à sua loquacidade em relação a outras questões", conclui a petição de impeachment.
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