Prisão de líder pró-Palestina gera onda de indignação e protestos

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A prisão de Mahmoud Khalil, líder das manifestações pró-Palestina na Universidade de Columbia, em Nova York, provocou uma onda de indignação e protestos na última segunda-feira, 10. Acadêmicos, organizações de direitos humanos e a ONU criticaram a detenção, considerada "sem precedentes, ilegal e antiamericana".
Khalil, que possuía "green card" (autorização de residência permanente nos EUA), foi preso por autoridades migratórias sob alegação de "ordens executivas do presidente Trump que proíbem o antissemitismo". Trump, por sua vez, afirmou que a prisão é "a primeira de muitas" e ameaçou deportar outros manifestantes, acusando-os de "atividades pró-terroristas, antissemitas e antiamericanas".
A União Americana pelas Liberdades Civis (Aclu) classificou a detenção como uma tentativa de "intimidar e desencorajar a expressão de uma parte do debate público". Manifestantes em Manhattan expressaram "vergonha" e consideraram a prisão um "sequestro". "É ultrajante atacar ativistas, abre um precedente perigoso", disse uma manifestante judia apoiadora da causa palestina.
Preocupação
A Coalizão de Estudantes de Columbia pela Solidariedade à Palestina denunciou o "silêncio preocupante" da universidade e alertou que nenhum imigrante ou estudante estrangeiro está seguro em campi americanos. A ONU também se manifestou, enfatizando a importância de respeitar a liberdade de expressão e o direito de reunião pacífica.
Professores de Columbia expressaram preocupação e classificaram a prisão como "um momento obscuro na história dos Estados Unidos". Uma petição online pela libertação de Khalil já reuniu mais de 1,7 milhão de assinaturas.
Segundo o UOL, a prisão de Khalil ocorre após uma série de protestos estudantis em campi dos EUA contra o conflito na Faixa de Gaza, desencadeado pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.


