Em leito de morte, japonês revela ser um dos fugitivos mais procurados do país
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No dia 25 de janeiro, um japonês de 70 anos com câncer terminal, que era mantido sob cuidados paliativos em um hospital perto de Tóquio, avisou à polícia que era um dos fugitivos mais procurados do Japão. Após décadas utilizando o pseudônimo Hiroshi Uchida, Satoshi Kirishima assumiu sua identidade para que pudesse morrer e ser enterrado com seu nome verdadeiro.
Segundo o g1, o homem fugia da Justiça há quase 50 anos, sendo o único membro não capturado de um grupo radical que realizou ataques terroristas com bombas na década de 1970, no país. A história foi confirmada pela polícia e divulgada nesta sexta-feira, 2. Ainda em interrogatório com a polícia, ele revelou detalhes até então desconhecidos sobre os ataques.
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Apesar de não ser um dos membros mais importantes do grupo terrorista, chamado Frente Armada Anti-Japão da Ásia Oriental, Satoshi Kirishima era o único dos 10 integrantes que nunca foi capturado. Vivendo décadas como fugitivo, ele nunca teve um celular nem seguro de vida, recebendo salários sempre em dinheiro vivo.
Somente quatro dias após a revelação, na segunda-feira, 29, o homem de 70 anos veio a óbito. O jornal japonês Kyoto News também informa que a identidade de Satoshi foi confirmada postumamente, através de testes de DNA.
Fugitivo e ataques
Nesta última sexta-feira, 2, a polícia do Japão realizou mais buscas sobre Satoshi Kirishima em uma empresa de construção onde ele trabalhou por cerca de 40 anos. Nela, ele já utilizava o pseudônimo de Hiroshi Uchida.
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Satoshi Kirishima nasceu no dia 9 de janeiro de 1954, e cursava universidade em Tóquio quando se juntou à Frente Armada Anti-Japão da Ásia Oriental e começou a participar das atividades extremistas.
O ataque mais famoso atribuído ao grupo foi um realizado em um edifício da Mitsubishi Heavy Industries em 1975, no qual oito pessoas morreram e mais de 160 ficaram feridas.