Esqueleto medieval com duas formas de nanismo é descoberto na Polônia
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Um estudo publicado pelo International Journal of Osteoarchaeology descreve a análise de um esqueleto masculino desenterrado na Polônia que constitui o primeiro quadro já descoberto de duas formas de nanismo nos tempos medievais.
Os restos mortais foram descobertos durante a exploração arqueológica de um cemitério que ficava nas proximidades de um mosteiro. A datação em carbono do cadáver revela que ele viveu entre os séculos 9 e 11, durante a Baixa Idade Média.
Através do desenvolvimento de modelos em 3D de seus ossos, os pesquisadores perceberam que o homem sofria com mais de uma displasia esquelética, termo que classifica doenças genéticas hereditárias que afetam o desenvolvimento do corpo.
O quadro era observável devido às dimensões desproporcionais do esqueleto: embora o torso tivesse um tamanho regular, os braços e pernas eram mais curtos que o considerado normal e a cabeça era muito grande para o corpo. Além disso, havia diversos outros detalhes que mostravam uma formação irregular, como ossos muito dilatados no quadril, coluna estreita e céu da boca arqueado.
Ao unirem as características dissonantes, os cientistas puderam concluir que o indivíduo teria, em vida, sofrido com duas formas de nanismo: acondroplasia (o tipo mais comum de nanismo), e discondrosteose de Léri-Weill (LWD), conforme repercutido pelo LiveScience.
Deficiência na Idade Média
O próximo passo da pesquisa será tentar identificar quem foi o homem, e de que forma a sociedade medieval polonesa teria reagido às suas condições genéticas.
Dependendo se o homem era leigo ou monge, sua vida poderia ter variado muito de acordo com sua condição genética. O mosteiro era um local de maior inclusão para pessoas fisicamente diferentes do mundo secular, com suas maiores exigências físicas no cumprimento das papel de marido e pai", afirmou Magdalena Matczak, bioarqueóloga envolvida no estudo, em entrevista ao LiveScience.
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