Estudo inédito mostra que veneno de taturana pode combater doenças degenerativas

Aventuras Na História






Em pesquisa inédita desenvolvida pelo instituto Butantan, especialistas afirmaram, em matéria publicada na revista Frontiers in Molecular Biosciences, nesta segunda-feira, 13, que identificaram duas proteínas no veneno da taturana de fogo com potencial para combater doenças degenerativas. As descobertas são importantes para desenvolver futuros medicamentos para a cicatrização e regeneração.
Segundo informações do jornal O Globo, os estudos partiram da análise dos peptídeos rLosac e rLopap, que fazem parte do processo evolutivo da lagarta de espécie Lonomia obliqua. Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, diretora de Inovação do Butantan, explicou, em nota:
Descobrimos que as proteínas impedem a morte celular. Losac, além de ativar o fator X da coagulação sanguínea, tem uma função neuroprotetora, enquanto Lopap, que ativa a protrombina, também induz a produção de moléculas de matriz extracelular, como colágeno e fibronectina, relacionados à regeneração".
Estudos
A equipe também declarou que, durante os estudos, as proteínas foram testadas em diferentes culturas de células e alguns modelos em animais, a fim de observarem como funcionava o processo de cicatrização de algumas feridas.
Em modelos de células envolvidas em processo articular e de células que compõem os tecidos, como a pele, por exemplo, nós observamos o potencial regenerativo desses peptídeos, que foram capazes de regular genes envolvidos neste processo, bem como induzir a expressão de proteínas específicas", completou Ana Marisa.
Em um primeiro momento, a abordagem inicial será voltada para os dermocosméticos e para o uso tópico, como, por exemplo, em casos de queimaduras, úlceras e feridas.


