'Eu sou o oposto de um nazista', defende Trump em comício na Geórgia
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Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano à presidência, rebateu diretamente as acusações de que ele seria autoritário e até "fascista". Durante um comício na Geórgia, ele declarou ser "o oposto de um nazista".
A vice-presidente e candidata democrata à Casa Branca Kamala Harris tem rompido com o tradicional tom moderado do partido; em uma sabatina na CNN americana, ele acusou Trump de ser "fascista" e argumentou que ele representa uma ameaça à democracia.
Estas críticas foram fortalecidas por declarações do ex-chefe de Gabinete de Trump, John Kelly, que relatou à imprensa norte-americana que o republicano "se encaixa na definição geral de fascista" e já demonstrou preferência por "generais como os de Hitler".
Discursos inflamados
As declarações de Trump ocorreram um dia após um evento no Madison Square Garden, em Nova York, onde ele apresentou seu "argumento final", gerando acusações de racismo contra a população hispânica, repercute a CNN. O republicano chegou a se referir a sua potencial vitória como “dia de libertação”.
No evento, o comediante Tony Hinchcliffe, convidado por Trump, fez comentários depreciativos sobre Porto Rico e a comunidade latina, chamando a ilha de "lixo flutuante" e criticando os hábitos anticoncepcionais dos latinos, o que provocou reação de celebridades como Bad Bunny, Jennifer Lopez e Ricky Martin.
Esse comício, descrito pela imprensa americana como um momento de êxtase para o movimento "Make America Great Again" (Torne a América Grande Novamente, em tradução literal), incluiu ataques a Harris e seu marido, Doug Emhoff, que foi chamado de “judeu de quinta categoria”, enquanto ela de “anti-Cristo”, “demônio”, “burra” e “prostituta que destruirá o país com seus gigolôs”.
Além disso, figuras próximas a Trump, como o conselheiro de extrema-direita Stephen Miller, exaltaram o nacionalismo, afirmando que "a América é para os americanos e somente para os americanos".
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