EUA: Ex-embaixador é condenado após atuar por décadas como espião de Cuba
Aventuras Na História
Nesta sexta-feira, 12, Victor Manuel Rocha, um ex-embaixador dos Estados Unidos, que atuou como espião de Cuba durante décadas, foi condenado a 15 anos de prisão. Após ter sido indiciado em dezembro, Rocha confessou ter atuado como agente de um governo estrangeiro em fevereiro.
A decisão de hoje põe fim a mais de quatro décadas de traição e engano do Sr. Rocha. Durante a maior parte de sua vida, o Sr. Rocha viveu uma mentira", afirmou o oficial sênior de segurança nacional do Departamento de Justiça dos EUA, David Newman.
Conforme repercutido pelo G1, Victor foi acusado pelos promotores de envolvimento em atividades clandestinas em benefício de Cuba desde pelo menos 1981, quando entrou para o serviço externo dos EUA. O ex-espião chegou a ocupar o cargo de conselheiro especial do comandante do Comando Sul do Exército dos EUA. Essa é considerada uma das traições mais chocantes na história recente do serviço diplomático americano.
Durante o tempo em que atuou no Departamento de Estado dos EUA, Rocha teria ajudado a inteligência de Cuba na coleta de informações contra Washington, além de apoiar secretamente o Partido Comunista. Ele também se encontrou com agentes de inteligência cubanos e forneceu informações falsas a funcionários do governo dos EUA sobre seus contatos.
Outros detalhes
As autoridades federais não revelaram o que Rocha fez para ajudar Cuba enquanto trabalhava no Departamento de Estado e apontaram que talvez nunca se saiba a extensão total da cooperação do espião. Ele se declarou culpado como parte de um acordo com promotores federais, obrigando-o a compartilhar detalhes de suas interações com a inteligência cubana.
“O que fizemos é enorme. Mais do que um 'grand slam'”, disse o espião a um agente disfarçado, que Manuel Rocha pensava ser um dirigente dos serviços de inteligência de Cuba, mas era, na verdade, um agente disfarçado do FBI.
Segundo o Departamento de Justiça, ele foi detido sob a acusação de vários delitos federais, que incluem atuar como agente estrangeiro ilegal e utilizar um passaporte obtido de maneira fraudulenta.