Fake news: população da Grécia acusa migrantes de iniciarem incêndios no país
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Nesta terça-feira, 22, uma fake news foi espalhada pelas redes sociais na Grécia. Um morador de Alexandrópolis, cidade próxima da Turquia, publicou um vídeo no qual 13 homens de origem síria e paquistanesa podem ser avistados em um trailer. Na gravação, ele afirma que os migrantes estavam tentando “queimar” seu vilarejo e que eles seriam os culpados pelos incêndios que estão assolando o país.
Após o ocorrido, o homem que fez a gravação foi preso, com dois cúmplices, todos acusados de incitação à violência racista. A polícia local também adicionou que “justiceiros” não serão tolerados, conforme repercutido pelo UOL.
Os 13 migrantes foram indiciados por entrarem ilegalmente no país e por tentativa de incêndio criminoso. Porém, o jornal local Kathimerin afirmou que as evidências reunidas pelas autoridades mostram que o grupo estava tentando fazer uma fogueira.
Fake news
Além dos internautas, a imprensa local também participou da divulgação de notícias falsas. O portal Hebros noticiou que 20 migrantes tinham sido presos na mesma região, após uma troca de tiros com a polícia, o que as autoridades logo negaram.
Desde sábado, 19, o norte do país encara uma série de incêndios florestais, causados por um raio, conforme divulgado pela prefeitura de Alexandrópolis, que retirou 14 mil pessoas da região em razão das chamas. Até agora, 21 pessoas morreram, sendo 19 supostos migrantes.
Xenofobia
A área afetada pelo fogo se encontra há alguns quilômetros da fronteira com a Turquia, onde a entrada de migrantes é comum, causando resistência na população local. Os gregos acusam os estrangeiros de roubos e consideram a travessia um grande perigo, pois a mesma é frequentemente realizada por traficantes de seres humanos.
Horas depois da divulgação do primeiro incêndio, no sábado, 19, imagens de apetrechos que iniciam incêndios, supostamente criados por migrantes, foram compartilhados milhares de vezes nas redes sociais.