Fazendeiro encontra cinto de ouro que remonta ao século 14 a.C
Aventuras Na História
No oeste da República Tcheca, um agricultor encontrou restos de um cinturão dourado que remonta à Idade do Bronze. A descoberta, na região de Opava, foi feita enquanto o homem colhia beterrabas.
O cinto foi encontrado pelo agricultor em setembro e a divulgação da descoberta se deu em 7 de outubro pela Rádio Prague Internacional. Até ser encontrada, a peça esteve no subsolo por inúmeros anos. Como repercutido pela revista Galileu, assim que a encontrou, o homem acionou os arqueólogos do Museu da Silésia, em Opava.
“Acho que é seguro dizer que será um dos objetos mais valiosos que teremos em exposição no nosso museu”, explicou a conservadora da instituição, Tereza Alex Kilnarová.
Origem do cinto
De acordo com a porta-voz, ornamentos como esse existiram em mais de uma cultura pré-histórica. Com isso, são necessárias pesquisas mais detalhadas sobre o metal, já que existem muitas possibilidades de origem.
“Estima-se que seja de meados ao final da Idade do Bronze, mas é apenas uma determinação preliminar com base na decoração”, contou Kilnarová, como repercutido pela revista Galileu.
Segundo o site Heritage Daily, o cinto que possui 49 cm de comprimento, 9 cm de largura e pesa 56,5 gramas, é composto por 84% de ouro, 15% prata e vestígios de outros elementos como cobre.
“É decorado com círculos concêntricos elevados e cobertos com fechos em forma de rosa nas extremidades”, disse Jiří Juchelka, chefe do departamento de arqueologia do Museu da Silésia à Rádio Prague Internacional.
A primeira suspeita era a de que a peça seria uma tiara, mas após análises mais detalhadas, os especialistas puderam concluir que se tratava de um cinturão.
“Percebemos que era muito longo para caber na cabeça de alguém. Então, na verdade, achamos que não é uma tiara, mas algo muito mais raro – uma parte de um cinto”, explicou.
Tereza Alex Kilnarová explicou que segundo uma análise preliminar, o cinturão foi fabricado por volta do século 14 a.C. A suspeita é de que o objeto tenha pertencido a alguém em uma posição hierárquica elevada na sociedade, já que itens como esse eram raramente produzidos na época.
“É por isso que estamos falando de alguém mais estimado”, disse.
O cinto deverá ser exposto no Museu de Bruntál no final de 2023. Mesmo que um valor monetário preciso do cinturão ainda não tenha sido estimado, os pesquisadores estão certos de seu valor cultural e histórico.