Fóssil de 19 milhões de anos revela curiosidade sobre origem de baleias
Aventuras Na História
As majestosas baleias de barbatanas, conhecidas como titãs dos oceanos, têm um novo capítulo em sua evolução, conforme revelado por uma descoberta de fósseis no Hemisfério Sul. A estrela do achado é um fóssil modesto da mandíbula inferior de uma baleia de barbatanas, encontrada nas margens do rio Murray, no sul da Austrália, com impressionantes 19 milhões de anos, por Francis Cudmore.
Enquanto a baleia-azul mantém o título de maior animal já existente, alcançando até 30 metros de comprimento, esse fóssil revela uma baleia de barbatanas de nove metros, tornando-se a nova recordista de sua época. Essa descoberta foi publicada recentemente na revista Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences.
Os fósseis datados de 19 milhões de anos foram entregues à instituição Museus Victoria e permaneceram não identificados na coleção por anos, até serem novamente encontrados em uma gaveta por Erich Fitzgerald, um dos pesquisadores envolvidos.
Ao contrário da maioria dos mamíferos, as baleias em questão não possuem dentes, mas sim barbatanas, estruturas de queratina semelhantes a pelos, usadas para filtrar pequenos krills da água. Essa adaptação permitiu que essas gigantes se alimentassem eficientemente de minúsculos zooplânctons, facilitando a evolução de corpos cada vez maiores ao longo da história evolutiva.
Mistério da morte
A extinção das antigas “baleias de barbatanas dentadas” entre 23 e 18 milhões de anos atrás permanece envolta em mistério devido à raridade dos fósseis. Após esse período, apenas os ancestrais relativamente pequenos e sem dentes das baleias de barbatanas prevaleceram, segundo a Galileu.
Anteriormente, acreditava-se que as baleias de barbatanas mantinham proporções modestas até a era glacial, cerca de 3 a 2,5 milhões de anos atrás. Contudo, as recentes descobertas no Hemisfério Sul desafiam essa visão, sugerindo que essas gigantes evoluíram para tamanhos maiores muito antes do que se pensava.
A descoberta do fóssil no sul da Austrália, esquecido por mais de um século, ressurge como uma peça-chave. Estima-se que a baleia a que pertencia tinha cerca de nove metros de comprimento, superando a recordista anterior dessa fase evolutiva.