Galvão relembra episódio emocionante ao se despedir de Pelé
Aventuras Na História
Com a morte de Pelé, personalidades e colegas do futebolista usam as redes sociais para se despedir daquele que ficou eternizado com rei do futebol. Através de um depoimento na Rede Globo, Galvão Bueno lamentou a morte do futebolista.
Galvão descreveu o momento como 'difícil', afinal, esperava uma melhora de Pelé. O narrador também se disse grato por ter 'transmitido' Pelé jogando e enfatizou que ele é 'patrimônio da história do futebol'.
É um momento muito difícil porque estávamos todos aguardando por uma melhora, mas quando os médicos proibiram que o Natal fosse em casa, a preocupação aumentou. O meu amigo, o meu parceiro de três Copas do Mundo... Deus me deu a honra de transmitir o Pelé jogando e depois de tê-lo ao meu lado. Foram muitos anos de trabalho que solidificaram uma amizade. Eu recebi, no dia de Natal, da filha dele: 'diga a ele que eu o amo'. Sempre amei muito. Meu amigo se foi, mas o Pelé é eterno. O Rei Pelé, primeiro e único, não pertence só a um país: é o maior patrimônio da história do futebol mundial. O mundo fica muito mais triste, fica um vazio, porque ele foi único", disse Galvão.
História emocionante
A despedida de Galvão também foi marcada pelo resgate de uma história emocionante, que enfatiza a relevância e importância de Pelé para o futebol brasileiro.
"Na Copa América no Equador (1993), arrumei um lugar para gente jogar tênis e nós íamos lá pela manhã. Um dia estava lá o netinho do dono da casa, e ele pediu para tirar uma foto com o Pelé. Ele pegou a criança, colocou ela sentada no joelho e o menino disse: 'vovô, onde está a bola? Como posso tirar uma foto com Pelé sem uma bola?'. A bola, que o Pelé sempre chamou de você, que se tornou parte da vida dele, era o que aquele menininho, que nem viu o Pelé jogar, pedia. Pelé era assim: querido e amado no mundo inteiro. Um rei do mundo", relatou Galvão.
Galvão também destacou, ao se despedir de Pelé, que o futebol perdeu 'seu maior patrimônio'.
"Edson, meu amigo, vai com Deus. Eu não sei nem direito o que falar. Vi Pelé jogar em 1958, fizemos as Copas de 90, 94 e 98 e nesse mês que ele esteve internado, a nossa ligação parece ter aumentado. Dizer mais o quê? O mundo está triste. O futebol perdeu seu maior patrimônio, o mundo perdeu uma das pessoas com mais coração, humildade, bondade que já conheci em toda a minha vida", afirmou ele.