Hampton Court, o palácio de Henrique VIII que tem fama de mal assombrado
Aventuras Na História
Em 1514, um ambicioso projeto encomendado pelo cardeal Thomas Wolsey, então ministro-chefe do rei Henrique VIII, marcaria a história da Inglaterra, sendo um símbolo da era Tudor. Confeccionado nos anos seguintes, o palácio do monarca não apenas sediou suas principais decisões, inclusive quando rompeu com Thomas, mas foi preservado por séculos, sendo um símbolo arqueológico da monarquia.
Antes de morrer, Henrique VIII acumulou mais de 60 residências, com muitas delas mantidas até hoje pela família real britânica, mas ele sempre deixou claro que o palácio de Hampton Court era seu favorito, principalmente pela riqueza de atividades e espaços, contando com dezenas de dormitórios, local para jogar tênis e boliche, uma luxuosa capela e até mesmo um parque de caça o rodeando, com mais de 4 mil metros quadrados.
Contudo, com a morte do rei em 1547, o palácio queridinho do monarca deixou de ter a atenção que tinha em seus tempos áureos, tendo usos diversos pelos monarcas seguintes, como enalteceu o Correio Braziliense; na era Stuart, dividia sua estrutura em um teatro, onde peças de Shakespeare eram encenadas, e num salão para grandes jantares.
No século 17, quase foi derrubado pelos reis William III e Mary II, que deixaram de abrigar o local e, nas gerações seguintes, preferiram manter residência fixa em outros palácios reais, mais próximos da capital Londres, com esporádicas passagens em casas de inverno e veraneio. O palácio não foi destruído, mas sua estrutura foi adaptada para visitação pública, despertando curiosidade e até medo em seus visitantes.
Palácio assombrado?
Uma série de episódios para lá de macabros protagonizados dentro do palácio de Hampton Court enfatizam teorias sobre assombrações e até presenças de fantasmas. Uma delas seria da ex-moradora e ex-mulher do rei Henrique VIII, Catherine Howard, que após o término foi condenada a decapitação pelo marido, sendo capturada no local onde, hoje, é chamado de Galeria Assombrada.
O local ganhou esse nome após boatos de visualizações da mulher pairando pelos corredores com um vestido branco. Jane Seymour, outra companheira do monarca, também foi atribuída como uma das fantasmas do local, mas que supostamente circula de maneira fantasmagórica na Praça do Relógio do local, carregando uma vela.
Outra figura feminina relatada flutuando o local seria Sibell Penn, babá do príncipe e único filho homem que Henrique VIII, cuidando do pequeno Eduardo. Ela foi enterrada dentro do memorial disponível no complexo que rodeia o palácio de Hampton Court, no ano de seu falecimento, em 1562.
Contudo, o caso mais estranho foi relatado na modernidade, especificamente em outubro de 2003, quando o palácio já estava equipado com um sistema de câmeras de segurança computadorizadas e até mesmo alarmes.
Por três vezes, o som disparou ao ter uma porta incêndio aberta, mesmo que não havia sinais de passagem humana naquele local, mas uma das câmeras apresentou um espectro luminoso, circulando na porta. O sinal semitransparente chegou a ser investigado, mas não obteve conclusão.