Incêndio que matou 19 estudantes teria sido causado por aluna que teve celular confiscado
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Autoridades acreditam que um incêndio mortal, em um dormitório escolar na Guiana, tenha sido provocado deliberadamente por uma estudante. A jovem de 14 anos estaria chateada por seu celular ter sido confiscado.
O incêndio, que ocorreu no domingo da semana passada, 21, na Escola Secundária Mahdia, a cerca de 320 quilômetros da capital Georgetown, acabou vitimando 19 jovens estudantes.
Em um comunicado publicado no Facebook, o Serviço de Bombeiros e Resgate da Guiana escreveu que o incêndio foi "intencionado de forma maliciosa" e começou "no interior sudoeste do prédio, na área do banheiro".
No momento em que o fogo se alastrou, 59 pessoas estavam alojadas no dormitório. Equipes de resgate, porém, só conseguiram resgatar 38 estudantes, o que ocorreu após abrirem buracos em uma parede do prédio.
Quando o incêndio foi extinto, descobriram-se os corpos de 19 vítimas fatais, o que inclui um menino de apenas cinco anos, que era filho da administradora dos dormitórios. As outras vítimas eram meninas indígenas que tinham entre 12 e 18 anos.
Dos 38 estudantes resgatados, seis sofreram ferimentos graves, alguns até mesmo com risco de vida. Eles foram encaminhados às pressas para um hospital em Georgetown, onde estão em tratamento.
O incêndio
Segundo reportado pela Associated Press, a estudante suspeita de iniciar o incêndio está entre estes seis feridos. A aluna, de apenas 14 anos, não teve sua identidade revelada pelas autoridades locais.
De acordo com Gerald Gouveia, do Conselho de Segurança Nacional, o celular da jovem foi levado pela administradora do dormitório como uma punição por ela estar tendo um caso com um homem mais velho — que, inclusive, está sendo acusado de estupro.
A aluna, com isso, havia ameaçado colocar fogo em seu quarto. O incêndio começou logo depois que as portas do prédio foram trancadas, para impedir que os alunos deixem o local.
"[A administradora] fez isso [trancar a porta] por amor a elas. Ela se sentiu obrigada a fazer isso porque muitos delas saem do prédio à noite para confraternizar", disse Gouveia. "Esta é uma situação muito triste, mas o estado vai trabalhar com os alunos e as famílias para fornecer todo o apoio de que precisam."
[Ela] estava dormindo dentro do prédio na hora, mas entrou em pânico e não conseguiu encontrar as chaves certas para destrancar o prédio por dentro, mas conseguiu sair", completou.
Conforme relatado pela CNN , as autoridades foram alertadas sobre o incêndio às 22h15, mas quando chegaram, o prédio estava "completamente" envolvido pelas chamas. Demorou mais de três horas para extinguir o fogo.