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Índia remove de livros escolares assuntos como teoria da evolução e a tabela periódica
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Índia remove de livros escolares assuntos como teoria da evolução e a tabela periódica

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Aventuras Na História
02/06/2023 20h14
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©Foto de Swastik Arora, via Pixabay
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Os estudantes indianos que estão retornando às salas de aula neste mês para o início do ano letivo não serão expostos a temas fundamentais da disciplina de ciências, como a teoria da evolução, a tabela periódica e questões relacionadas à sustentabilidade ambiental.

Essa exclusão de conteúdos, que recebeu críticas de inúmeros especialistas, é apoiada pelo Conselho Nacional de Pesquisa e Treinamento Educacional (NCERT), um órgão estatal vinculado ao Ministério da Educação do governo nacionalista liderado pelo primeiro-ministro Narendra Modi e seu partido, o BJP.

Essa mudança nos livros didáticos afetará milhões de alunos com idades entre 14 e 16 anos. De acordo com a Al Jazeera, o material do NCERT é atualmente utilizado em mais de 24 mil escolas afiliadas no país, além de 240 escolas indianas no exterior, de acordo com a Folha de S. Paulo.

A exclusão desses conteúdos teve início durante a pandemia de Covid-19. O órgão de Educação alegou a necessidade de aliviar a carga de trabalho dos alunos que estavam estudando remotamente durante o auge da crise sanitária e, portanto, reduziu a lista de tópicos a serem ensinados. Em um documento recentemente divulgado pelo órgão de educação sobre o conteúdo didático, há um trecho que lista "temas que foram descartados e, portanto, não serão avaliados".

Lista preocupante

Essa lista revela exclusões que vão além da teoria da evolução. Ela inclui tudo relacionado a fontes de energia, debates sobre democracia e diversidade, além de partidos políticos e movimentos sociais. Em abril, mais de 1.800 cientistas e educadores assinaram uma carta aberta conjunta, organizada pela Breakthrough Science Society, sediada em Calcutá.

O NCERT justifica que esses conteúdos podem ter sido excluídos por diversos motivos, como "serem irrelevantes para o contexto atual", "nível de dificuldade", "serem facilmente acessíveis aos estudantes sem a intervenção de professores" ou "repetirem conteúdos similares".

A exclusão dessas partes foi celebrada pela base aliada do primeiro-ministro. O líder do partido governista, Kapil Mishra, afirmou no Twitter que a exclusão da história Mughal, que ele chamou de falsa, foi "uma grande decisão". 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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