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Inferno em La Palma: Como a erupção do Cumbre Vieja preocupou brasileiros
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Inferno em La Palma: Como a erupção do Cumbre Vieja preocupou brasileiros

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Aventuras Na História
16/12/2024 21h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16421093/original/open-uri20241216-19-cjxg5m?1734383023
©Divugação/Netflix e Getty Images
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A minissérie da Netflix “Inferno em La Palma” chama atenção dos assinantes da plataforma. Com quatro episódios, a produção é uma produção norueguesa e conta a história de uma família em férias na paradisíaca ilha de La Palma, no Oceano Atlântico, cuja tranquilidade é interrompida pela ameaça de uma erupção vulcânica catastrófica seguida de tsunami.

Embora se trate de uma obra fictícia, a produção se inspira na saga do vulcão Cumbre Vieja, que em 2021 levou pânico e angústia para os residentes da ilha.

Na vida real, a erupção do Cumbre Vieja durou três meses e devastou mais de mil hectares, destruindo casas e gerando nuvens de gases tóxicos ao entrar em contato com o oceano. Inúmeras pessoas foram evacuadas, e, felizmente, não houve mortes diretamente ligadas ao evento.

Imagem da série "Inferno em La Palma" / Crédito: Divulgação/Netflix

Tsunami no Brasil?

Na época, a atividade vulcânica também gerou preocupação entre brasileiros. Notícias destacaram o temor de que a erupção pudesse desencadear tsunamis que atingissem a costa do Brasil. Especialistas repercutidos pela BBC, no entanto, explicaram que essa possibilidade era extremamente remota.

A Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e outros institutos científicos esclareceram que o risco era insignificante e que não havia nenhum alerta de tsunami ativo.

Colapso massivo

A origem desse medo remonta a um estudo publicado há três décadas por geólogos americanos, que teorizaram que um colapso massivo na ilha de La Palma poderia provocar ondas gigantes.

Na época, o geólogo Marcelo Assumpção, da USP, explicou através do Twitter (atualmente X) que a probabilidade de tal fenômeno ocorrer é mínima, já que seria necessário um deslizamento de proporções extraordinárias para gerar um tsunami com potencial de atingir o Brasil. Ou seja, a atividade vulcânica precisaria ser "excepcional para derrubar uma parte da ilha provocando um deslizamento gigantesco em direção ao mar". 

Estudos posteriores reforçaram essa análise. George Pararas-Carayannis, presidente da Sociedade Internacional de Tsunamis, considerou a hipótese de megatsunamis um cenário exagerado, muitas vezes inflado pela mídia e produções cinematográficas.

Ele afirmou que eventos dessa magnitude são raríssimos e que as populações costeiras distantes, como no Brasil, não correm risco imediato.

Mesmo assim, imagens impressionantes da erupção do Cumbre Vieja ganharam o mundo, mostrando rios de lava avançando pela ilha e engolindo construções.

Na ocasião, o governo das Ilhas Canárias evacuou cerca de 7 mil pessoas, garantindo que não houvesse perdas humanas, enquanto o premiê espanhol, Pedro Sánchez, visitou a região e assegurou que recursos para mitigar os danos estavam disponíveis. A última grande erupção na ilha até então havia ocorrido no ano de 1971.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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