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Inglaterra: Mulher é considerada culpada de ajudar em procedimento de mutilação genital feminina
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Inglaterra: Mulher é considerada culpada de ajudar em procedimento de mutilação genital feminina

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Aventuras Na História
26/10/2023 17h32
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©Divulgação/ Wikimedia Commons/ Arquivo Pessoal/ MDK-MUSO
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Um julgamento realizado na Inglaterra concluiu recentemente que Amina Noor, de 39 anos, é culpada de ter ajudado na realização de um procedimento de mutilação genital feminina (MGF). 

Em 2006, a mulher britânica viajou com a vítima, então com apenas 3 anos, para o Quênia. Lá, a menina pequena foi submetida ao terrível ritual, que é uma prática tradicional em algumas culturas, sendo encarado como um rito de passagem.

Para a ONU e muitas outras autoridades internacionais, no entanto, a MGF é vista como violência e abuso infantil. Outro detalhe é que a técnica traz inúmeros riscos de saúde, inclusive podendo levar à morte. Apenas foi revelado o que havia acontecido com a garota quando, aos 16 anos, ela contou para um professor de sua escola que tivera suas genitais mutiladas na infância.

A legislação da Inglaterra demanda que profissionais de educação sejam obrigados a notificar as autoridades de casos assim, de forma que Noor, que reside no país, acabou sendo processada criminalmente em conexão à violação dos direitos humanos da vítima. 

Em tribunal, a ré afirmou que seria rejeitada por sua comunidade caso não levasse a criança para ser submetida ao procedimento. "Essa foi uma pressão sobre a qual não tive poder para fazer nada", disse a mulher, que vivia no Quênia antes de vir para o Reino Unido, conforme repercutiu o The Guardian. 

Como resultado da condenação, Amina Noor pode receber uma sentença de até 14 anos na cadeia. 

Combate à MGF 

 É incrível que a notificação obrigatória por parte de professores e profissionais de saúde – pela qual lutamos arduamente – esteja começando a dar frutos. Uma garota foi obviamente falhada. Ela foi decepcionada pelo sistema, mas hoje conseguiu alguma forma de justiça graças às políticas que temos agora em vigor", declarou Nimco Ali, sobrevivente da prática desumana e ativista da Five Foundation que busca combater essa "tradição" criminosa. 

"Temos de abordar a MGF no Reino Unido e em todo o mundo, trabalhando em conjunto para abordar as causas profundas do problema", acrescentou a mulher, ainda de acordo com o The Guardian.  

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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