Investigação sobre invasão ao Capitólio dos EUA terá audiência final
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O comitê da Câmara dos Estados Unidos, que investiga a responsabilidade do ex-presidente Donald Trump na invasão ao Capitólio no início de 2021, apresentará suas conclusões em audiência final que ocorrerá nesta segunda-feira, 19.
Os deputados que integram o comitê, apresentarão os oito capítulos de sua extensa investigação, depois de um ano e meio de audiências e mais de mil depoimentos. Como informado pelo g1, eles devem recomendar um julgamento contra Trump e seus apoiadores.
A investigação
Entre os principais elementos da investigação estão: a tentativa de golpe, pressão sobre o vice-presidente, passividade e recomendação de acusações.
Quanto a Tentativa de Golpe, segundo a investigação, Trump possuía uma estratégia para desafiar a Constituição e manter o poder, por detrás da sua manifestação de rejeição ao resultado das eleições de novembro de 2020.
Trump pressionou seu vice-presidente, Mike Pence, ao pedir que ele bloqueasse a certificação da vitória de Joe Biden. Seu discurso de uma "fralde eleitoral" não convenceu nem mesmo vários dos membros de seu círculo íntimo, incluindo conselheiros, seu procurador-geral e sua filha, Ivanka, que testemunhou perante o comitê.
O ex-presidente dos Estados Unidos, pressionou autoridades eleitorais, especialmente nos estados da Geórgia e do Arizona, numa tentativa de invalidar a eleição presidencial. A comissão revelou a extensão dessa intimidação, convidando vários deles para testemunharem pessoalmente.
Segundo Cassidy Hutchinson — ex-assessora da Casa Branca, durante uma audiência em junho — Trump sabia que alguns dos manifestantes estavam armados, mesmo assim tentou se juntar à multidão a caminho do Congresso.
O veículo presidencial estava sendo conduzido por um agente do Serviço Secreto, mas Trump o tomou de suas mãos, como relatado por Hutchinson, de acordo com informações do g1. Com isso, ele assistiu sem intervir, às imagens da violência deflagrada no Capitólio, pela televisão.
Trump pode ser processado criminalmente por "obstruir um processo oficial do governo" e por "conspirar para fraudar" o governo, em uma acusação mais ampla. Caberá ao procurador-geral Merrick Garland, a decisão de apresentar acusações. Em novembro, ele nomeou um procurador especial para investigar Trump de forma independente.