Juíza impede execução de homem condenado por 'síndrome do bebê sacudido'
Aventuras Na História
Uma reviravolta dramática marcou o caso de Robert Roberson no Texas. Horas antes de sua execução marcada para a última quinta-feira, 16, uma juíza emitiu uma ordem de restrição, suspendendo temporariamente a pena de morte.
O homem se tornaria a primeira pessoa nos Estados Unidos a ser executada por um assassinato atribuído à síndrome do bebê sacudido.
A decisão da juíza Jessica Mangrum gerou grande repercussão e reabriu o debate sobre a pena de morte no estado. A Suprema Corte do Texas havia negado anteriormente o pedido de Roberson para suspender sua execução, mas a intervenção da juíza trouxe um novo elemento ao caso.
O americano foi condenado em 2002 pela morte de sua filha de 2 anos, Nikki. A acusação alegou que ele havia violentamente sacudido a bebê, causando as lesões que levaram ao seu falecimento. No entanto, a defesa argumenta que a bebê sofria de uma infecção viral e que uma queda da cama pode ter causado as lesões.
Divergências
A condenação de Robert tem sido alvo de questionamentos por parte de diversos parlamentares texanos. Uma comissão da Câmara dos Deputados chegou a emitir uma intimação para que ele testemunhasse na próxima semana, buscando mais informações sobre o caso.
Além disso, o principal detetive que ajudou a obter a condenação afirmou posteriormente acreditar na inocência do acusado.
Segundo a CNN, a decisão da juíza Mangrum de suspender a execução gerou divergências. O Departamento de Justiça Criminal do Texas já anunciou que irá recorrer da decisão, enquanto o gabinete do governador Greg Abbott e o gabinete do procurador-geral ainda não se manifestaram.